domingo, 29 de setembro de 2013

O irmão da Laura.

O assunto, veio porque eu decidi que não vou te-lo.
Nunca.
E não vou mudar de opinião.

Não vou dar a luz a "um irmão". É uma das coisas mais absurdas que eu já ouvi da sociedade atual.

Tem que dar um irmãonzinho (sim, do sexo masculino, porque parece que casalzinho esta na moda).

Porque a pobre criança, já rotulada de segunda, ainda vem já com o rótulo gratuito de "irmão".

Eu fui a terceira filha, vim sem querer, graças que não vim como A irmã - sim, eu me tornei uma.
Já rotulada de terceira e servi ao papel de "menina que faltava na casa".
(servi mais ou menos, porque nunca fui lá uma menina com A maiusculo)

Ter um irmão é para dar um amigo, não deixar crescer mimado, sozinho - puro preconceito.

Sim, porque ter o segundo já vem com funções que devem ser obedecidas, amizade, brincar junto, servir...
Ninguém pensa se o segundo vai ter os mesmos interesses que o primeiro, que vão realmente ser amigos, que vai servir ao propósito que foi designado.
Eu tenho dois irmãos de sangue. Meus interesses por eles eram de imita-los ou de deixar eles orgulhosos - achava que era minha função, talvez? - atualmente ainda sinto a inevitável tristeza de querer que eles fossem além de irmãos; amigos. Mas o leque de interesses em comum é nula, o que fazer? ama-los mesmo assim, e agradecer por serem ótimos tios.
Espero ainda ter meu segundo/terceiro/quarto filhos ou quantos eu realmente querer. Mas serão colocados nesse mundo, do mesmo jeito que o primeiro: Com o propósito de nós, pais, darmos amor incondicional a ele e só.



Aí recebo aquela ótima pergunta da fila do banco - ou qualquer outra fila/festa/reunião:

    - E quando você vai dar um irmãonzinho para a Laura?

    - Nunca.

E anos depois a pessoa vai me ver com um barrigão e pensar "viu? eu tinha razão".
#sóquenão.