quinta-feira, 29 de maio de 2014

A volta da escola: exercício da calma para o sabor da experiência.

Eu coloquei este texto no Lá Vem Lalá, mas na verdade, tem tudo haver com este diárioblog:

A escola da Lalá fica uns 10 minutos de casa a pé (isso porque não temos carro), com ela fica mais ou menos há 40 minutos de distância. Mas isso tudo tem uma rotina e um valor muito grande para ela e o meu papel é respirar e deixa-la explorar - e ensinar quando solicitado.

Saímos da escola e já nos deparamos com uma clínica veterinária e várias casas com cachorro, dois pequenos e um grandão. Invariavelmente latimos e demos ênfase como o cachorro grande é realmente muito muito gandi (um Dog Alemão), ao virar a esquina nos deparamos com flores pequenas que as vezes tem estes "gametas" (posso chamar assim?) que dispersam com o vento - ou o sopro. E quando achamos um é uma alegria, assopramos até desprender tudo, é muito legal!


Passamos por uma descida, na qual apostamos corrida de mãos dadas, ao pararmos existe várias "uvas japonesas" no chão (deve ser época), comentamos sobre as uvas japonesas, pegamos algumas que tenham sido salvas por pés apressados e continuamos a nossa caminhada:

 Atravessamos ruas olhando para os dois lados, observamos números de telefone e passamos por uma faculdade que tem um desenho que achamos igual o papai (olha o papai!), comentamos que estamos com saudades do papai e começa-se um diálogo de como foi o meu dia e como foi a escola dela - normalmente 3 ou 4 frases sucintas - e logo estamos cantando borboletinha, marcha soldado ou músicas que ela lembra - ela sempre escolhe. Quase terminando a subida, existe um pipoqueiro e em volta vários pombos - olha mamãe o pombo - e tentamos pegar o pombo, mas nunca conseguimos.


                                       

Atravessamos a rua, passamos pela farmácia, subimos na balança, nos pesamos algumas repetidas vezes até o sinal abrir e passarmos. Encontramos um vão de escada, que dá para descansar um pouco antes de continuarmos, e sentamos:

Balança-se os pés, fazemos comentários sobre as pessoas que passam (normalmente respondendo a elas algo perguntado), descansamos, respiramos e continuamos o caminho, agora na descida corremos um pouco (1,2,3 e já!)...

Atravessamos a rua e damos de cara com a quintada. Tantas frutas! Dizemos os nomes delas e contamos quantas tem (ou as vezes é só olha outra banana, outa banana, outa banana...)

continuamos descendo a rua, passamos por um restaurante na qual o vidro reflete nossa imagem e nos divertimos um pouco com caretas e linguas, entramos na nossa rua - um verdadeiro estacionamento de carro - e falamos as cores dos carro (olha mãe o carro preto, o carro verde..)


Antes de chegar em casa normalmente nos encontramos com a gatinha Mia, paramos para acaricia-la durante alguns minutos e aí sim, chegamos em casa - quase - porque ainda paramos nos registros da água e contamos os degraus das escadas para descer:


Isso todos os dias, com pequenas variações.

O porque coloquei nossa rotina de volta a escola aqui?

Porque tem tudo haver com passar um tempo com os filhos da melhor forma possível - acredite se quiser, eu acordei 6 da manhã, faculdade, ando 5 km por dia - por que eu tenho que, e não porque quero - tenho que fazer trabalho, entregar trabalho (trabalho com pesquisa), tenho uma pilha de roupa para passar, mais louça e infinidades de coisas para casa - mas SEMPRE me reservo estes 40 minutos de passeio com ela. É o horário que ela mais absorve as coisas na prática e o momento na qual eu me mantenho mais calma - longe do mundo corrido - é bem um exercício para mim - da calma - e ela experimentando os diversos sabores da vida real.

Vale a pena tentar um dia não "andar rápido" quando estiverem com as crianças, elas descobrem um mundo que nunca paramos para ver.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

O grito da criança é o grito da mãe! O meu grito!


Saiu a lei da "palmada" e deu muito bafafa (um texto ótimo aqui) , eu vejo muito essa forma agressiva encarada como natural de possuir o corpo da criança para sí. Não precisamos ir longe e pensar nas agressões - como são vistas.
Mas basta um adulto pegar a criança no colo sem ela querer - sem necessidade - e fazer cara feia porque ela reclamou (afinal, ela não quer... mas eu quero e eu sou maior e mais forte), ou obriga-la a fazer um gesto que a sociedade encara educado, mas ela mesmo ainda não tem noção em seu SER do porque daquele gesto (fala "por favor" se não eu não faço é o meu campeão - porque não faz o mínimo sentido no ponto de vista da pequena criança e rolar uma frustração com isso (choro e talz) é mais do que previsível).

Crianças robôs - brasileiras - é o que mais existe por aí, sem opinião, sem vontades, sem curiosidades. A gente tenta tanto molda-las que esquece que são pessoas.

Penso na Laura o quanto seu "bico" é valorizado em casa (choro de crocodilo? AFF), ela conta o porque ficou chateada, o porque esta triste com algo e ela é recíproca, se eu estou triste - e quase nunca é com ela - ela vem me dá um abraço e pergunta o que houve - e sim! Eu conto, se é com a faculdade (normalmente...), com o dia ruim e etc etc... E faço bico também - ou cara feia - é natural ficarmos tristes sem chorar, sem derramar lágrimas (porque essa necessidade de que a criança também derrube lágrimas em sua tristeza, me diz?).
 Aliás, quando o diálogo é existente, fica cada vez mais inútil chorar.

Os gritos: outro dia elogiaram a voz da minha filha (obrigada!) e logo falaram que "porque você não ouviu os gritos", engraçado que os gritos só são ditos, quando falar e argumentar já não é possível - ou mesmo quando não é compreendido (acontece muito na fase do terrible two), em casa tem gritos na hora de brincar de gritos, se não...Não tem. (e sim, existe qualidade de vida pós terrible two - aqui adorando a fase meiga, carinhosa e comunicativa - mesmo achando que nunca ia chegar). Em alguns lugares (barulhentos ou com muitas pessoas) os gritos voltam pois não se ouve, a irritação volta porque não se dá atenção - e não, não dá para dar atenção 100% na rua, então acontece. E claro, os gritos voltam porque querem possuir um corpo que não quer ser possuído (E sim, coloco sem aspas).

Aliás, não acho que a criança deve ter as mesmas obrigações em casa do que na rua.
Até porque em casa ela tem rotina e na rua - ou outras casas - não. Em casa ela brinca com algo e arruma imediatamente depois da arrumação (a minha influência montessori), colocando no lugar já pré- determinado, que ela já sabe qual é, não sei se na escola ela faz o mesmo, sei que em outras casas não. Até porque existem mil outras coisas para se distrair e se fazer (e que ela não decora o lugar certo das coisas em outros lugares) - e na real, uma das coisas que mais me tira do sério é alguém tentar tirar partido disso - ou de qualquer outra coisa - para "educa-la" (viu?? essa esta com aspas) - quando faz disso uma brincadeira, legal. Quando passa ao sério que é o problema - ou eu arrumo e olho para o teto (se este for o problema) ou eu converso com ela depois que não é responsabilidade dela, é minha. E óbvio, essa "educação" só satisfaz o ego de quem esta lá falando "blah, blah, blah", porque a influência é mísera, (logo que nossa sorte - ainda nessa idade - as crianças terem exemplos os pais e as repetições do dia-a-dia), mas estou ainda sendo treinada (já em nível avançado) para viver em sociedade, como mãe.

Até porque, tenho as minhas falhas (e cara, são muitas) como me irritar com qualquer coisa no final da noite (cansada e/ou com fome), me fazer de surda - para a minha filha -  quando estou aprestando atenção em alguma conversa, ter uma "casca fraca" onde quase tudo me atinge (esta endurecendo), fazer cara de cú óbvia quando este algo me atinge e ser proibida de falar (por alguma convenção social) enfim... achei bom esclarecer algumas falhas, porque há pouco fui chamada de "mãenzona" (não sei se foi pejorativo, mas não gostei) porque não conheço as irritações da maternidade (ah! Se conheço) e odeio as classificações maternas - os tais mãenzimetros.


Longe de estar certa em qualquer destas falas (ou outras), ainda assim, coloco para fora o que eu acho que esta correto. o mundo que idealizo e que luto.

PS: Não negaria algumas noites e dias sem filho, muito menos negaria várias noites e dias com vários filhos. Opostos? #achoquenão



sábado, 24 de maio de 2014

Atualizações de Maio.

Estou me sentindo péssima por deixar este blog de lado. 
Ele é meu favorito. Sempre será. Mas estou atarefada demais para ele - com interesses meus e da Laura. 
Mas aos poucos vou tentando atualiza-lo. 
Gosto dele porque não tenho público e posso escrever o que eu quiser. É um diário, não existe o "errado e o certo", certo?!  Só existe o que eu penso. 

La vem Lalá

Como já sabem estou com um blog de incentivo á brincadeiras em casa, muita gente chama de estimulação. Acabei ouvindo umas críticas a respeito - nada demais - mas sabe? É só Brincar, é só diversão. A criança tem fome de aprender, de conhecer o  mundo. Fico imaginando a Laura perguntar como funciona algo, o porque daqueles desenhos nas placas das ruas e eu simplesmente ignorar para "não pular fases", estranho ao meu ver -  me soa a preguiça (mas pode ser preconceito meu). Eu ensino e ela se satisfaz, liberdade para mim é dar á criança todas as ferramentas possíveis para a idade, para ela poder se virar o mais independente possível. As cores por exemplo, ela volta da escola querendo contar o que houve e a cor é um ótimo aliado, "mamãe, tinha uma bola azul" ou algo do tipo. Os números "tinha duas bolas Grandes e cheias mamãe"... e assim por diante. Antes de perguntarem o porque "estimular" (e não sei porque, não curto essa conceituação, porque parece que estou obrigando a criança a andar antes do tempo E NÃO é isso), deveriam perguntar o porque "não" brincar? o porque não "estimular"? Em casa as tardes são mais aproveitáveis, mais agradáveis e tem muito menos "irritação", "tedios" do que antes deste "trabalho".

Enfim, dizem que para os amigos não precisamos nos justificar e para os inimigos, nunca vão aceitar. Mas deixo para um aconchego no meu coração. Errando ou acertando estou fazendo no que eu acredito ser o melhor para nós. E o que nos esta trazendo uma transformação muito boa em muitos quesitos.

Faculdade:

Estou me dedicando como nunca para a faculdade - gente sério, não cheguei atrasada até hoje - esta um pouco difícil, durmo sempre exausta - ainda acordo mil vezes por noite - comprei uma agenda para não esquecer de fazer nada (e mesmo assim esqueço ou não sobra tempo) e estou passando mal antes das provas de nervoso (sabe quando você se dedica tanto, que tem medo de dar errado? pois é.). E não estou deixando a casa de lado. Estou quase um milagre, sempre correndo. Paro e respiro a tarde com a Laura e depois, corro. Até para dormir eu corro para fechar o olho logo. Mas falta pouco para acabar. 
Ah! para os interessados, ando engordando (em 1 mês já subi 4 kilos - oba!), ou seja estress mesmo não tem, só correria. 

Outros...

      Estou feliz, as vezes me dá uns petís normais para o meu EU - devido eu achar que estou sobrecarregada - mas um abraço me faz brochar e voltar ao normal. Vou levando. Ainda me dói a barriga com alguns comentários, mas estou sabendo levar bem mais, ao menos consigo demonstrar desinteresse as falas. (cada coisa que eu ouço que levo como brincadeira para não levar a sério - obviedade). 
     A escola da Laura é outro aspecto que me surpreendeu para melhor. Não acredito em instituição de ensino e essa realmente me fez ver " um bom lado".  Não que eu concorde com tudo, mas concordo com a maioria das coisas, sim.

  Minha mãe fez aniversário (parabéns mamãe <3) e mais primos e tias (maio é um mês cheio), Parabenizo a todas. 

   

Fotos do mês:

EM CASA:

Com os Benzinhos:


Na escola:



Nos Passeios - assistindo Tiquequê:



E Passeios com a Sossô:









segunda-feira, 12 de maio de 2014

Fim de semana das mães. Escola. Família. Amigos.

PQP! Não escrevo a mil anos e amo este blog com todas as minhas forças.

Fim de semana das mães foi assim, demais.

No sábado teve o dia da família na escola da Laura e percebi o quanto estou apaixonada pela escola da minha filha.
Crianças amamentando, materiais recicláveis, muita brincadeira, muita recepção, bagunça!, arte, música e contação de história! Nada de homenagens mimimi´s, Dia para sorrir e se alegrar muito!

Tiramos algumas fotos de nosso árduo dia, rs











 Eu queria já falar da escola da Laura, em como eu achei ela e como ela já há quase 1 anos atrás fazia parte dos meus planos coloca-la lá. Como eu fui morar perto dela (por ela? ou coincidência?) e como foi toda essa transição para a pequena e para mim, as reflexões e as diversas mudanças internas e externas perante a ideia da escola também poder fazer o bem. E a minha alegria de saber que estou dentro de um grupo seletivo de pais que talvez pensem como eu e que também estão dentro da escola. Já comecei escrever sobre, mas ainda não terminei e fica para um dia ---

No domingo o dia foi BEM CORRIDO.
Fomos no show do Tiqueque (de novo?) SIM! Adoramos eles e fomos até o ibirapuera para assisti-los, no meio do caminho encontramos o LOST (o unipresente) que nos ajudou a chegar um segundo antes de começar a primeira música. (juro, juro, juro).

Saindo de lá, brincamos com balanço e escorregador e depois fomos almoçar no SESC vila mariana (que delícia, sério), acabamos por ver uma apresentação de circo e ficamos por lá, depois fomos na brinquedoteca e quando vimos já tinha escurecido.

Como estávamos na Vila mariana, resolvemos passar nos pais do meu sogro, comemos e passamos um tempo por lá e as 22 horas chegamos em casa, exaustos com um sorrisão.

Não foi qual a minha gafe que não liguei para minha mãe - nem para a minha avó - e levei aquelas broncas de quem leva uma adolescente que não avisou aonde ia. Não é que eu não avisei, eles simplesmente não deixaram o dia terminar para eu ligar. OBVIO que eu não ia esquecer.
Minha mãe sabe que é a Luz da minha vida, minha verdade. Que é minha instrutora e amiga.
Amo ao extremo. Demais mesmo. Ela sabe. Mas papai é meio exagerado e já imagina coisas de outro mundo - que não é o meu.

Aquelas decepções que carregamos por vez ou outra com parente, também tive o meu "fora" parental no fim de semana, mas superemos. Abraçamos todos, sorrimos e bora para frente.

E tal a qual, dia das mães é todo dia. É para quem é mãe e para quem se sente mãe. É quase um dia das mulheres mais consumista. Eu "mimo" o dia, mas não o compro.