quinta-feira, 30 de julho de 2015

E eu aqui, sem ficha cair, formada.

É gente, o título já diz tudo. Estou formada. Calma, sem diploma ainda - preciso pega-lo.

Minha vida Uspiana sempre foi bem complicada. Até para entrar.


Lembro até hoje como acordei naquele 4 de fevereiro. Com um telefone da minha mãe, me xingando. Que mais uma vez eu não tinha entrado na universidade. Que eu não "sabia" fazer escolhas e mais um monte de bobagens que eu esqueci.
Chorei uns 40 minutos. desliguei o telefone. Resumidamente, minha vida era uma bosta.

Depois de umas 4 horas dei uma ligadinha rápida no meu telefone, ao mesmo tempo ele tocou, era o Vini. Ainda um colega peguete que eu tinha conhecido não fazia nem 10 dias, mas que a gente já não se largava:

 - Lili! Parabéns!!! Você passou! Parabéns!!

Eu achei a brincadeira mais sem graça do mundo. Que maluco. Que idiota brincar assim:

 - Oi?! - Respondi, meio sem saber o que falar!

 - Parabéns Lili, você passou!!

Era verdade, eu tinha passado. Imediatamente corri para encontrar meus amigos e ele - e claro! ver a lista pendurada no objetivo. Meu nome estava lá. Realmente estava.


Comemoramos o dia inteiro e mais a madrugada. Teve pintura, espetinho e uma felicidade enorme.
Sonhei com aquele dia desde os meus 18 anos.

E o Vini a partir daí foi sempre vindouro de coisas boas. Eu chamava ele na época de anjo. Ele é meu amuleto da sorte. Depois que ele apareceu, tudo começou a dar certo - nem sem antes um big esforço, mas dá certo.

Logo depois teve a inscrição e minha vida na universidade.

Eu sempre gostei de estudar lá. Não é um blablablá de quem saiu. Gostava mesmo. Vinícius me acompanhava nas aulas. Demorei mais de ano para assumi-lo perante a sociedade, mas como ele estava sempre comigo - SEMPRE - eu não precisava assumi-lo. Ele era parte de mim.

Logo no início peguei um projeto de literatura. Puta que paril, como gostei daquele projeto. Hoje penso em retoma-lo, acho que o que sou hoje faria coisas incríveis com ele. Incríveis. Vamos ver.

Também arranjei amizades para toda a vida.

Foi um pouco depois que a grana realmente acabou, a vida complicou e eu precisei de bolsa. Vou dizer que se não existisse esse programa, eu não teria me formado. Acho sempre bom mencionar, que é possível fazer faculdade sem grana. A bolsa era suficiente para pagar aluguel + transporte. Ou seja, diferença enorme. Eu tinha tentado um ano antes, mas a moiçola do COSEAS simplesmente olhou para a minha cara e colocou reprovada antes mesmo de eu passar por análise. Foi um ano que trabalhei muito - repeti quase tudo -  e só soube disso no ano seguinte. Demorei 5 anos para olhar para ela e falar a merda que ela fez. 5 anos. Mas falei. Terminei um ciclo naquele dia de raiva.


Foi em 2011 que engravidei e casei. Nessa ordem. Apesar do casamento ter sido planejado antes. mas e daí? 2011 foi o ano que trabalhava a noite, chegava em casa quase 1 da manhã e acordava quase 6 para ir para a faculdade. 2012 eu tive a Laura, me encantei muito com ela, não corri muito atrás de direitos e nada. Repeti outro monte. A partir de 2013 fui uma estudante melhor, mas pegava quase nada de matérias, sempre dava turma lotada. Eu realmente achei que nunca ia conseguir sair. 2014 eu virei uma excelente aluna, talvez por um processo mais depressivo. Estava grávida de novo. Quais eram minhas chances de me formar agora? Como forma de esquecer a gravidez, mergulhei nos estudos. Foi o meu ano com mais matérias e melhor performance e tudo com TCC no meio. Eu tinha insônia a noite, então eu ia estudar.

2015 chegou e resolvi desistir de tudo com o nascimento da Heloísa.
Um dia antes de iniciar as aulas, na chuva, eu olhei para o céu e disse. SE, SE amanhã estiver com sol eu vou para a aula. Helô tinha menos de um mês.

Acordei espontaneamente as 06 da manhã. Juro para vocês, era bizarro o sol que tinha lá fora. Eu levantei e fui. Cheguei atrasada na primeira aula. O professor me deu falta. Saí da sala que Helô estava quase chorando. Na minha direção vinha uma mulher loira, Nádia, coordenadora de obstetrícia, que até então eu nunca tinha visto. Ela veio já falando o porque eu estava com um bebê tão pequeno lá? Eu respondi que estava fazendo aula.
10 minutos depois eu tinha uma licença maternidade prometida na mão. Uma licença que passei 4 meses antes tentando tirar e todos falavam que não existia.

Fui para casa e só voltei nas provas. Parece fácil, mas acompanhar matérias de física, biologia, humanas e cálculo longe da sala de aula é surreal. Mas com um professor excelente (mais uma vez o Vini aí) dei conta. Dei realmente conta. Estudávamos muito. Chegamos a ficar 12 horas em uma biblioteca olhando para umas listas de exercício, parando apenas para amamentar e comer - e não estou exagerando). Na época de provas, o vini tirou férias. Segurou tudo em casa, as crianças, a casa e os meus estudos. De férias ele não teve nada, mas foi muito bom te-lo ao meu lado nesses momentos. Muito bom mesmo.

Isso tudo no meio com o obstáculo de um professor que não aceitava a licença maternidade (todos conhecem a história e eu não consigo repeti-la mais uma vez de tanto que o assunto já deu para a minha sanidade mental), no meio dessa história, amizades incríveis apareceram e conquistas também ( o estudo - e futura aplicação -  de uma norma que regularize a questão de mães na universidade, retirando qualquer poder das mãos dos professores nesse direito é uma delas.)

Descobri que passei em tudo ontem. Passei em tudo. Uma demora surreal de mais de mês para soltar as notas. Mas tudo bem.

Me formei. 6 anos e meio (abafa!) em uma universidade pública. um casamento, duas filhas. inúmeras amizades.

Aprendi a gostar de chá com essa loucura. Aprendi a ser mais espiritual, mais calma. Exercitei a paciência. ( mas explodi tantas outras vezes). Me permiti chorar mais tantas outras vezes.

Aprendi a contar com a ajuda de outros. Aprendi a ter coragem. Aprendi a não desistir - e preciso pensar também em não pensar em desistir.

Se eu faria tudo de novo? Não. Minha natureza é covarde. Só fiz porque eu não sabia a repecurssão que ia dá, nem o trabalho que ia dá. Mas sei lá, né? Já soube de duas mulheres que já conseguiram tirar licença maternidade de 6 meses esse semestre. Então... Valeu a pena.

Acabou aqui um ciclo. Bom colocar esse ponto final.

Sou Gestora Ambiental agora, meio hipócrita se-lo agora e não anteontem. Precisamos de um diploma para comprovar nossos conhecimentos, isso me estranha. Vamos andando conforme a sociedade, mas meio que tentando melhora-la. Enfim, não vou adentrar o assunto agora.

Valeu Amor, por permitir e ajudar essa conquista. Esse diploma é meu, seu e das meninas. *-*

Amo-te infinitamente e serei eternamente grata.



domingo, 26 de julho de 2015

Viagem Roça/Praia

Fomos bem recebidos ainda na estrada, um grande meteorito apareceu no céu - e eu não vi, mas só de ouvir já foi empolgante.
Naquela noite fui ver ainda mais dois que caíam no céu aberto, pequenos, mas carregados de felicidade - e eu que estou adorando um sinal - de esperança.

Foi assim que começou nossa semana de Viagem, no sábado chegando em caçapava para uma festa junina. A noite estava fria, mas a festinha estava repleta de comida sem leite que me esbaldei em comer, Helô se recuperava de uma reação ao dia anterior - a segunda da semana.

Laura e Sofia já se davam as mãos e brigavam (pois é, primeiras vezes) nas disputas por brinquedos. Toda melhor amiga é assim. Passariam a próxima semana assim, mais entre beijos do que entre brigas.

E na fogueira de "São Demis" participamos do Mundo de sofia, só que Bucci, a noite contou com diversas atrações, eu que tenho medo de planetas (apenas de vê-los na realidade), não consegui ver saturno, mas me empolguei só com a possibilidade também de saber que dava para vê-lo. (e Procurando no wikipedia o nome do medo de planetas existe = Uranosfobia. Se tem nome, eu não estou sozinha, AEEEE!)

As crianças capotaram a noite e no dia seguinte debandei com a Aline para um grupo de gestantes em Taubaté, sobre Períneo. Foi legalzinho, depois de um almoção (na qual helô experimentou batata doce e Laura comeu tudo que tinha direito, até pepino) Vini foi embora (óhhhh) de carona com a irmã e cunhado da Aline (Camila e Renato). Ficamos, eu, Laura e Helô, até terça feira. E fui construindo o meu cantinho de sonho cheio de árvores e mudas de tudo que é espécime.

Na terça fomos para Ubatuba - uhuuuuu - pegamos a estrada com as 3 crianças atrás, mas pegamos quase todos os dias de chuva. (ahhhhh =( ), ficamos muito tempo em casa, mas deu para se divertir também.

Denis estava por lá, incrível como sempre me empolgo com a presença dele e como sempre me decepciono com ele (ou o jeito dele), parece aquelas balinhas doces quando você põem na boca, mas o recheio é amargo. Uma merda. Certeza que na próxima vez que vê-lo vai acontecer a mesma coisa, até porque se eu vê-lo dentro de 6 meses já vai ser grande coisa.

 Ricardo também foi algumas vezes, junto com a tia Mi, eles são de boa, qualquer encrenca que aconteça também, no dia seguinte já estamos de boa novamente, mas raramente acontece. Aprendi a ceder, eles também.

Meus pais se empolgaram com as crianças, são ótimos avós. Mas eu não cedo em alguns pontos com as crianças e aí que vem os empasses (ou embaces), mas também somos de resolver logo. Foi em uma dessas - Laura queria que balançasse com uma folha na mão, ela não pode dormir com algo na mão se não berra no meio da noite, meu pai em desespero queria balança-la e eu não deixei, ele foi embora e Denis - que não tinha nada haver com a história - resolveu fazer sua cara de reprovação para uma mãe exausta, as 11 da noite, que só queria colocar as pohas das crianças na cama. Aquele momento que qualquer pessoa normal iria até você e te daria um abraço e um conselho de "força", "vai passar", "paciência" - toda mãe sabe que momento é esse. Ele sempre troca os momentos de dar um abraço, para um soco no estômago. Já foi, incrível que eu precise escrever para ir mesmo.

Enfim, na sexta fez um Solzão (aleluia!) e levamos as crianças na praia, foi bem divertido (menos a saída e a chegada, que Laura deu uns showzinhos básicos), ela perdeu o medo da água (vamos aos poucos né?), encontramos Davi (Diane) e tivemos umas horinhas de conversas. Eu - eu! - entrei no mar - ótimo sinal - para mais um sabor de tirar a "nheca", "maus olhados" e continuar na esperança! (sim, ela!). Line foi embora nesse dia. Durante a noite - última que passei por lá - terminei com um beijo na merda (literalmente), que dei sem desconfiar de tal fato. Hahahahahahahahhahaha

E assim foi nossa semana, do meteorito á merda, tudo divertido!

E vamos as fotos:

Laura aprendendo a comer...


Helô dormindo na rede com a madrinha

Sosso e Lolô

As 3.

Helô no café da manhã:



Pescaria



Na rede:

Na barraca:

Com o tio Denis:

Na Praia:








Com os tios Kuka e Milena:

Conhecendo as árvores com o vovô, no último dia:


Fazendo Biscoito - no último dia - com a vovó:





sexta-feira, 3 de julho de 2015

Eu comi!

Minha primeira banana aos 5 meses. Não entendível tratando-se de uma mamãe que sempre enfatizou a amamentação exclusiva por 6 meses e a recomendação da OMS. 

As crianças são diferentes e com conhecimento acho que dá para avaliar a prontidão dela para introdução alimentar, veja:
Ela tem que estar sentando.
E não necessariamente, mas foi vital na nossa escolha de iniciar mais cedo: Ela demonstrou interesse.

Para quem teve uma criança que só comeu depois de um ano de idade, deve imaginar a minha angústia em começar outra introdução, com o plus dela ser alérgica.

Não foi por acaso, não foi do nada. Foi bem pensado. 
Foi depois de um roubo de caldo de feijão, um roubo de brócolis e enfim, uma mordida em uma banana sem autorização e depois de estar sentando.
Lembrando também que helô não é das bebês mais mamonas e que a alimentação pouco influencia-rá em suas mamadas e que estamos sendo bem lentos no início - coloca lentidão nesse processo.

Ela comeu a banana, fez cara feia e engoliu. Ela engoliu. Ela engoliu.
Nunca na minha vida eu vi a Laura engolir algo em todo o primeiro ano. 
Ela não só engoliu, como pediu mais. 
Ela fez que ia "vomitar", fez cara de nojo, engoliu e pediu MAIS. 
eu dei duas colheres. ela comeu e pediu Mais.
Meu medo de reação bloqueou aí. Ficou por isso.
Duas colheres. 

Dia 02 de julho. sua primeira banana. 
Parabéns Lolô. <3






Festa Junina 2016












22 de junho: Ela sentou!

E aos 4 meses minha gordinha sentou sem apoio! *-*

Orgulho da mamãe!



Agora já senta para brincar com a irmã, já toma banho de banheira com a irmã! Lindeza!! (5 meses e 3 anos e 3 meses)