terça-feira, 7 de março de 2017

Sou mãe de uma em meio período.


Isso significa uma coisa que a princípio quase surtei, mas esta sendo uma experiência Mara. Cada filha estuda em um período, Laura de manhã, Heloísa a tarde. É claro que isso significaria de cara menos tempo para mim, mas a matemática materna não é lógica e o resultado foi bastante positivo e inesperado.

Tendo em vista também que o ano passado foi bem (sinônimo de devastador?) e o resultado pode ser visto por um ângulo bastante positivo: tem pai disponível na história, isso significa que consigo estudar/trabalhar de terça, quarta e sábado without crianças.

No resto dos dias? Tenho crianças super empolgadas que estão (a-d-i-v-i-n-h-a?) Sozinhas com a mamãe, atenção -e-x-c-l-u-s-i-v-a.
Sete da manhã já temos uma criancinha acordada tomando café da manhã empolgada cantando SUAS musicas favoritas, ajudando a tirar os pratos e comidas da mesa e uma horinha inteirinha brincando sem parar do que ela quer, sem d-i-v-i-d-i-r. A empolgação é tão visível, que as 10 a criança capota de sono após uma manhã super empolgante e acorda depois do meio dia. Imagina o que faço nesse tempo? Pois é! Nem eu imaginava.

Esperamos a Laura chegar e vamos levar heloísa para a escola, ao deixar Helô na escola Laura quase que instantaneamente abre um sorriso. Vem conversando sobre todos os detalhes que viveu na escola, todos os problemas e desejos, chega em casa e se alegra toda ao almoçar comigo, paramos, ensino uma ou outra coisinha para ela que ela tenha tido interesse, desenhamos, brincamos, ela me ajuda a guardar as roupas, passar pano na casa e ela descansa um pouco na frente da televisão (YEAP) e eu vou trabalhar no computador, livre livre.

Isso significa 4 horas sem filhos, com filhos, todos os dias em casa. AH! Não... Bem mais...

Elas estão indo dormir SETE da noite. (o costume era perto da meia noite =0!), eu durmo as 23...mais 4 horas.

Crianças e pais não sobrecarregados por aqui! 0/

Que dure! Que dure!





quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Hoje faço 28 anos!

Hoje eu faço 28 anos.
Incrível.
Hoje estou muito feliz. Eu queria que todos os dias fossem meu aniversário. Parece que temos um olhar diferente sobre as coisas né? Foi impactante a conversa que tive hoje no almoço, foi transformador a descoberta sobre eu mesma, foi divertido conversar bastante sobre temas que adoro. Foi bom um abraço de um amigo de alguns anos...
Foi ainda gostoso ir até o trem e voltar a pé, indo sentindo as gotas da chuva, voltando com um calor que em outros dias eu diria insuportável, hoje foi impulsionante. Ouvi uma música japonesa linda... a moça cantava na janela, passando na igreja ouvi o padre dizendo palavras bonitas, passei no banco e me aliviei por alguns instantes ao ar condicionado.
Cheguei em casa e me lembrei de um chocolate guardado de Semanas atrás, foi como um presente. Outro ainda de uma amiga que lembrou da minha filha e mandou um floral pelo correio. Chegou.
Falando em filha, a primeira frase dela hoje, ainda sonolenta foi:
"Hoje é seu aniversário né mãe?"

Quantos presentes!

Chego em casa neste momento e sozinha. A casa esta revirada, mas minhas mãos ansiosas em encontrar um teclado, amo escrever. E estou aqui fazendo o que amo.  No silêncio e na bagunça.
Que dia Feliz. Que dia mais feliz.
"Porque hoje é meu aniversário e sinto que cresci bastante,
Sinto que sou um elefante e me sinto bem maior, bem maior, do que era antes"

E ainda é 16 horas...

sábado, 16 de julho de 2016

Se você pudesse voltar atrás, você teria filhos?

Teria.

Eu sempre idealizei a maternidade (oras, é só olhar minhas primeiras postagens, não é nem preciso imaginar).

Lembro pequena de forçar a imaginar os rostos que meus filhos teriam. Lembro de quere-los arduamente desde os 16 anos. Lembro de ter feito uma poupança aos 19 anos para tê-los. Lembro de usar essa poupança para comprar roupas e sapatos aos 21 anos antes de engravidar.

Então sim, eu queria mais do que tudo tê-los. E eu teria. Porque não poderia passar mais anos só tentando imaginar como seria a vida com eles, eu precisava respira-los na minha vida. Eu precisava viver a vida com eles.

Antes de nascer, muitas imagens negativas vieram de outras pessoas de como é ser mãe: "estraga sua vida", "engorda", "custa", "acaba com  você", " peito pequeno não amamenta", "Cesárea"...

Muitas delas me chateavam: "você não sabe o que é ser mãe" - Alguém sabe antes de sê-lo?

Por muito tempo o mal da maternidade foi os julgamentos, não os filhos.
Por mais tempo, o mal da maternidade, foi a falta de empatia, não os filhos.
Durante esse tempo, os pitacos foram o mal da maternidade.

Mas hoje vejo que tudo isso faz parte da maternidade. Lidar com estas situações são como trocar fralda, dar de mamar ou dar banho.

É claro que não deve-se conformar, mas subtrair - ou melhor - romper essas situações. Não reproduzi-las, não difundi-las. Ainda espero que minhas filhas ao optarem por serem mães, não precisem pensar em como os outros vão lidar com isso.

Não, isso não é o único fator problemático de se ter um filho. E aí que me pergunto: Se eu soubesse que nunca mais  que não iria mais dormir durante um bom tempo durante a madrugada, eu talvez ficaria em dúvida se eu queria mesmo ter um filho. Se fosse 1 ano eu até toparia - acho - se fosse dois, talvez.. mas faz 4 anos que sigo nesse ritmo e sim! eu faria de tudo para dormir a noite toda novamente durante todas as noites da minha vida (aí aí aí). Mas o não dormir é certo, o incerto era aquela vontade do ventre querendo bebê e não o tendo.

Quando recebi minhas filhas no braços, a sensação de plenitude foi muito gostosa. Eu olhava para elas e via que realmente: Eu passei a vida inteira esperando pelo momento de embala-las. 

É claro que a rotina cansa, os dias cansam, a vida cansa e ficam raros os momentos da gente lembrar que era essa - e exatamente essa - a família que a gente passou desde os 6 anos pedindo! ( e sim, eu sei, teve toda uma construção social de mulher tem que ser mãe, do que propriamente biológica. Ainda assim, como fui uma menina que muitas vezes fugi do padrão (em roupas, em comportamento) e esse eu me permitir seguir, é porque de alguma forma eu queria aquilo).

Apesar de eu ter parado esse texto durante dúzias de vezes, para acudir crianças. Por mais que eu nunca consiga escrever como eu gostaria. As vezes nem conversar como gostaria. Por mais que eu não consiga escrever no projeto de mestrado como eu gostaria... Eu tenho elas. E elas me permitiram continuar na universidade, continuar a gostar de escrever, entrar no mestrado e ter toda a vida que tenho hoje. Criativa, divertida e louca. E com sono. E sem poder tomar banho ou cagar em paz. E sem poder comer chocolate quando eu quiser. E sem poder contar que eu vou estar em qualquer compromisso. E quase sem beber.

É eu teria filhos, por mais que eu soubesse de tudo isso. Não ter filhos é um grito revolucionário. Mas tê-los também é outro grito. Revolucionar faz parte da maternidade consciente (ou enlouquecente?)  e facilitar estas escolhas (ter ou não ter filhos?) faz parte da nossa maternidade atual para com os nossos filhos (e sobrinhos, e crianças) .

Eu - Aline - teria filhos mesmo sabendo de tudo isso. Ainda assim, percorreria o mesmo e exato caminho que percorri. Mas você não é a Aline, você não sou eu. Porque maternidade é realmente "padecer no paraíso". Não existe ninguém menos gente que uma mãe. Ao menos na atualidade - e que mude! E que mude!


Créditos:
Texto escrito aos sons de uma cadeira sendo arrastada para lá e para cá.
Durante o texto eu dei 6 vezes de mamar.
Levei 1 vez uma menina de 4 anos para fazer xixi.
Dei 1 almoço.
Troquei 1 fralda.

Por milagres, nenhum acidente aconteceu na produção desse texto.
Infelizmente, nenhum cocô também (bebê com prisão de ventre, e não existe desejo maior de mãe que ver um cocô nessas situações).



Atualizações.

Faz tanto tempo que eu não escrevo que eu nem sei como atualizar por aqui.

Heloísa basicamente não fala (aliás, eu escuto ela falar Bom diaaa e Oiiiii, mas já reparei que além de mim e o pai, ninguém mais entende...). Ela também chama todos de Papai

Todos. Avô, Avó, irmã, Mãe... Todos são Papai..
Até o pai estar na parada. Aí eu viro mãe, Laura vira irmã.

Ouvi ela pedir tetê hoje, mas ainda não sei se foi alucinação.

Mas é extremamente comunicativa: Faz entender o que quer.

Come que é uma beleza - ou mais que beleza.

Ela também tem mão de velcro - aonde passa ela agarra e puxa alguma coisa.
Escala qualquer parada. Já pulou do sofá para o chão como se fosse espuma.

Comportamento ainda varia, ela parece muito simpática e sociável em uns lugares, fechada (muito mais raro) em outros.

Dorme predominantemente de bruços e raras são as fraldas que aguentam. Tem prisão de ventre. Sempre. Provavelmente pelo APLV. Faz cocô no cantinho e abaixadinha (acho perfeito para o desfralde), mas chora. =(

Dieta de APLV eu parei (e a prisão de ventre dela começou aí), quando ela experimentou leite ficou 1 semana passando mal. Vamos seguindo.

Dorme no berço, acorda muito ainda. Tentei o desmame - passou a acordar duas, três vezes. Voltei a amamentar em um dia de exaustão. pum... voltou as 10 noites,
Laura já esta muito comunicativa e tem uns comportamentos que dá medo. Sociável demais. Fala com todos - todos - estranhos também. Não adianta falar que não é para falar. Ela fala. Ela interage. Ela abraça. Ela dá a mão.  Eu me cago de medo. Eu fico em cima. Eu mal saío na rua sozinha.

Sabe as letrinhas, sabe escrever direitinho o seu nome, sabe que letra começa alguns objetos pelo som (tem dificuldades com H e com C, mas as outras geralmente sabe bem), me surpreende no inglês, estuda em escola bilingue - e já pediu para eu pegar o shoes e para eu jump no colchão.

Babo em seus desenhos, entrou com mania de fazer todos parecendo gatos. galinhas, animais em geral. Mas sabe fazer direitinho também (as vezes escapa um rabo, hahaha).

É bastante carinhosa, em casa principalmente. Em carros vira do avesso e na rua geralmente passa a "mandar" no meu comportamento. Estamos sanando isso conversa antes de sair. Geralmente funciona.

Quase sempre dorme a noite inteira, se acorda é para fazer xixi. Mas as vezes acordo porque o urso esta descoberto, para perguntar o que faremos amanhã ou para banalidades do tipo. Já dorme direto na sua cama.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Seus privilégios como caçula...

De fato á muito o que se analisar sobre irmãos. Aqui dou um panorama geral - e real - do que encontra-se em casa.

Laura de fato foi uma criança planejada e super bem vinda em casa, em toda a plenitude de contos de fadas. Heloísa, em outra situação veio em um momento conturbado e de interesses diversos, mas tomou conta da casa.

Se existir um opressor - inconsciente é claro - esse opressor é o caçula. Que chega e toma conta dos pais, da casa e dos brinquedos com a desculpa perfeita de não ter entendimento do seu redor - mesmo que tenha.

Ontem foi só mais um dia que deixei de atender o pedido de colo da Laura, por já ter no meu colo a Heloísa, que desconfio que ali só estava por ser aquele o objeto de desejo da irmã.

Também é nos brinquedos que Laura perde - "empresta para ela só um pouco", "putz, que pena que amassou o seu desenho", "ah, ela puxou o seu cabelo porque não sabe ainda que não pode", enquanto isso a mais velha é punida severamente pelos mais banais erros - ou barulhos. "Não cante agora, estou colocando sua irmã para dormir", "coma com a boca fechada", "Não encoste agora que finalmente sua irmã saiu do colo e vou poder fazer a janta". Se muitas vezes  é deixada suas vontades para depois, muitas vezes esse depois nem chega a chegar.

Sem contar as inúmeras responsabilidades que foram acarretadas em cima da sua pequena idade, guardar seus brinquedos e da irmã "por favor filha, mamãe já fez muita coisa hoje", jogar a fralda no lixo/cesta "só tem xixi filha, pode levar", tirar sua própria e aguentar necessidades básicas em pró do ser que ainda não fala, "já pego sua água, deixa eu só trocar sua irmã que não para de chorar".

Cabe nós os pais a tentar mediar estas transições de forma que não pese e não oprima o mais velho. Mas como? Sendo muitas de nós as únicas cuidadoras ao longo de todo o dia.

Aqui não consigo - ainda - sair do lugar comum de fala e de cobrança, se bem que já consciente tento deixar algumas coisas sem fazer mesmo (deixo fralda suja no meio da sala até que EU possa recolher, deixo os brinquedos jogados de vez em quando até que EU possa recolher, deixo a janta para depois em pró de um colo para a mais velha - se bem que essa alternativa é bem problemática quando se junta sono + fome = combinação explosiva) e tiro todos os dias alguns minutos (aqui entre escola da mais nova e da mais velha) para conversar com Laura, o que surte um efeito desejável como uns sussurros de "eu te amo" no ouvido em horários inusitados.
Também de fato - e não digo que seja correto, mas que aqui ocorre- compro muito mais coisas para Laura - talvez por ter entendimento de fato - do que para a Heloísa.

Ontem comprei uma luva no centro, por 4,00 dilmas. Ao abrir o pacote ela gritava de euforia e de emoção, não tirou a luva até agora e volta e meia vem me agradecer pelo "presente mais bonito de todos" que a "mamãe cheia de corações" deu a ela.

De fato a igualdade entre as meninas ainda não esta consumada. A Laura certamente ainda esta em opressão, menos, mas ainda... Agora Heloísa crescendo e o entendimento ao redor aumentando vai ficando mais fácil essa "jogada" de ministrar atenções e alforrias.
Ter dois filhos não é fácil, mas é gratificante.

Enquanto isso, as duas se complementam e se amam (como todos os irmãos?) e por mais que esses anos de irmã mais velha não tenham sido fáceis, foi certamente de grande aprendizagem.





segunda-feira, 9 de maio de 2016

Coloquei o Diu. Sério?

Pois é, depois de 15 meses com algumas dificuldades psicológicas - e nenhuma hormonal - resolvemos colocar o Diu.

Eu sei que depois que falo isso, vem dois tipos de comentários:

"Ah!! Mas você tinha tudo para ser mãe de meia dúzia"

e o outro:

"Ah! Ufa! Fico aliviada que você não vai ser mãe de meia dúzia".

O Diu foi a solução encontrada aqui, porque não nos adaptamos com nenhum outro tipo de anticoncepcional (mas gente! Tem essa de não se adaptar? pois é galera, tem... A história de só é mãe quem quer é a maior falácia e se surgir interesse eu falo um pouco sobre isso em outra postagem) e enfim, resolvemos testar o Diu - e a princípio não sabemos se vai dar certo (parem um minuto e dêem uma rezada por mim!), isso porque depois que colocado, existe uma chance em torno de 7% em rejeitar o Diu, aí meus caros, se acontecer, F-U-D-E-U.

Eu e o Vinícius não temos essa vontade toda de não ser pais novamente. A princípio um terceiro estaria nos planos, mas falta dinheiro, dinheiro, dinheiro,  tempo, disposição, espaço, paciência (E mais alguns duzentos motivos) e como sabem, não suportaria uma terceira gestação nessas condições. Mais do que isso - eu - penso ainda em adoção, o Vini em outro filho biológico. Mas tudo mais para frente, quando estaremos estabilizados financeiramente e ricos e disponíveis, daqui uns 70 anos. hahaha

Coloquei o Diu, porque estava muito insegura. até com medo de lavar cueca - digamos assim - e isso estava me afetando em vários outros campos da minha vida, inclusive de aproveitar as minhas filhas - logo que eu já estava "sabendo" que eu teria mais meia dúzia de filhos e ainda teria mais uns 10 anos sem dormir na minha vida S-E-N-H-O-R.

Enfim, coloquei o Diu de cobre com minha Ginecologista, doeu para colocar (sim!) como se fosse uma contração do parto. Fiquei tonta depois, náuseas e fui para casa. fazia mais de ano, devido a amamentação, magreza e zás, que eu não menstruava, depois da colocação do diu sangrei (será que era menstruação? não sei) e por 5 dias tive sangramento e algumas cólicas pontuais. Tomei um antiflamatório depois deste período e acabou e agora sim estou animada para iniciar a vida (se é que me entendem, uhuuuu) . O Diu é válido por 10 anos (algumas pesquisas ainda dizem mais tempo!) e se você quiser engravidar, basta tirar em um dia e tentar o bebê no outro. Simples assim.

Se quiserem saber mais sobre Diu de Cobre, colocação e etc, olhem pelo google que tem bastante informação.

E é isso. =)

terça-feira, 22 de março de 2016

4 Anos: Mais fotos!

Essas fotos são do meio para o fim da festa, a grande maioria tirada pela minha amiga Karen (obrigada Ka), me deixando livre para aproveitar a festa =)