domingo, 30 de março de 2014

Terrible Two: A fixação.

Como disse no post anterior, algumas coisas mudaram por aqui:

A hora do banho tornou-se um tormento, birras fora de hora e sem motivo aparente, ruptura com o vinculo materno abruptamente e a fixação por algo.

Este algo era nada mais e nada a menos que o desenho do Pocoyo:


Aparentemente inofensivo, assistimos este desenho 197642784725676 vezes cada episódio e mesmo decorando todas as falas parecia que o negócio não enjoava. Ela acordava e pedia o pocoyo, independente do horário que ficava o tal do desenho, no momento que desligasse - para qualquer coisa, comer, ir a escola, brincar - era um berreiro infindável.
Pensei em tirar a televisão, em nunca mais colocar o pocoyo, em trocar o desenho por outro desenho (o que não funcionava de forma alguma) e mais uma vez pedi ajuda aos universitários (vide mães amigas). 
E as dicas foram diversas, desde: " deixa a menina na frente da TV", até "tira a TV da sala ou some com este desenho", entre estes, o meio termo mais apropriado foi:

 - dê um livro do Pocoyo.

Ela já tem os personagens, ela tem livros diversos - não do pocoyo - e realmente achei que não ia surtir efeito, saímos para o shopping e compramos um único livro disponível do desenho e Tananã!!


Ela não esta mais pedindo para assistir o desenho - e se pede prefere o livro quando o mostramos! Gente! De verdade?! foi uma revolução! esta bem que já decoramos as falas do livro também de tanto que já o lemos, mas mais que isso... ela brinca e cria as histórias do pocoyo sozinha também. =) Trocamos a criatividade e alienação envolvida, sem mudar o tema e sua preferência - logo que a fixação é algo característico dessa fase e é natural e saudável existir.

E deixo aqui também outra coisa que descobrimos ontem a noite, que funciona SIM! para combater aquela birra sem sentido, mas que as vezes precisa um pouco de criatividade e CALMA para mudar o foco:
Link aqui : Pai inventa método para fazer filha parar de chorar.

Hoje o número de birras foi igual a zero, apesar delas terem começado, não duraram nem segundos para estressar alguém. Confere!
Ainda temos outras questões e soluções para buscar:
 o desfralde (que aqui começou, mas não estou sabendo conduzir), a temível hora do banho entre outras... Dicas, links, experiências e outros, mande aqui nos comentários!

Obrigada!



sábado, 22 de março de 2014

Aventura no mundo materno dos 2 anos.

Ah sim! faz tempo que não escrevo.

Laura fez 2 anos, pegou uma virose, comecei a trabalhar e ela entrou na crise da separação.

Tudo junto, tudo misturado, deu início a turbulências de emoções aqui em casa.

Choro, revolta, tristeza, cansaço tudo junto... Ah! não, não! não estou falando da Laura agora, estou falando de mim!

O que? da mãe?

Sim! e eu que saí da caverna e descobri realmente a crise da separação - antes de saber o nome da dita cuja -  me deu uma angústia, uma sensação de nada, uma sensação de falha, culpa e incompetência.

Vontade de desabafar ao mundo e ao mesmo tempo vergonha por ter criado um mini monstro, que devora suas coisas, suas vontades, te controla e berra! berra muito!
  Mas que chega o protetor, O salvador - O pai - e que "só" conversa com ela e pum! o mini monstro se torna uma criança dócil e risonha novamente.

Fácil. Fácil. Só conversar - mas você lembra que antes de você se trancar no banheiro, que antes de você ter prometido pocoyo eternamente, antes até do abraço recusado, você tentou conversar, você tentou amansar a voz, você fez de Tudo.

Aí, depois do berreiro no shopping - logo após o marido sair para levar o gato no veterinário - dos trilhares  olhares de reprovação e de comentários do tipo "ela é muito novinha", como se a culpa toda fosse minha incapacidade, minha idade (aparente), eu resolvo desistir.

  Eu desisto, e desabafo com algumas mães sobre a bizarrice do comportamento da Laura, comigo, bizarramente comigo e descubro este nome: crise da separação.
   Já me acalmo, todas passaram por isso, todas tem seus filhos loucamente contra as próprias mães, todas elas choraram, a maioria já teve essa fase passada e já tem seus filhos novamente "normais".
    Então, convencida de que não sou a única, já que a pouco tempo eu jurava que sabia o que era estes 2 anos, eu jurava que sabia o que era o terrible two, eu sabia? Sabia nada. Era 10 milhões de vezes pior do que qualquer imaginação que eu pudesse ter. Oh gód!

    Então, que raios é essa crise?! bom, resumidamente:  finalmente seu filho vai se tornar um ser independente da mãe, para isso ele escolhe um agente separador - o pai, ou um cuidador - e ele vai querer realmente SE SEPARAR da mãe, em tudo. Tudo! Tudo! Então ele não vai obedece-la (porque não faz mais parte dela), não vai querer trocar fralda/tomar banho/comer com ela, porque já é "grandinho", tarefas simples como colocar a roupa para uma mãe é algo quase de outro mundo (mas basta outra pessoa chegar e fica fácil fácil).  É desesperador?! É sim. As vezes um abraço é algo difícil de acontecer... os 2 anos também é marcado pelo desmame exatamente devido esta "crise".

Mas calma! (viu Aline? Calma!) Vai passar, é uma fase NORMAL de uma criança SAUDÁVEL (por incrível que pareça!) e não, você não fez nada de errado. (eu não fiz nada de errado). E sim, tem crianças diferentes e diferentes e que passam por essa fase de diferentes formas (ou não, rs) e quando encontrar uma pessoa que diz com orgulho que : "meu filho NUNCA fez isso", respire fundo e sorria e sorria ainda mais quando ouvir o famoso "meu filho NUNCA vai fazer escândalo" daquele casal sem filhos - aí meu olho de tanto cuspe para cima!

Essa fase demora, essa fase é cheia de emoções, é uma fase difícil, uma fase de contar até 10, 100 e 1000. Mas vai passar e vai passar com um serzinho todo independente e feliz. Vai valer a pena. Por eles tudo vale.
            (eu sei Aline que ainda não se convenceu disso, mas espera mais um pouco e verá).

E descarrega na bateria que faz bem!



Indicação de leitura sobre esta fase:

Melhor texto materno sobre: terrible two corram para as colinas!

Instrutivos:

http://bebe.abril.com.br/materia/a-terrivel-crise-dos-2-anos

http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/01/15/saiba-lidar-com-a-terrivel-crise-dos-2-anos-do-seu-filho/

http://www.justrealmoms.com.br/as-10-coisas-que-toda-mae-precisa-saber-sobre-os-terrible-twos/

segunda-feira, 3 de março de 2014

Expectativas carnavalescas para o pós carnaval.

6 meses em casa com a pequena, de um aprendizado tão imenso e gratificante. 6 meses não só com ela em "casa", mas COM ela. Ela, sempre ela.

6 meses que se acabam logo pós carnaval. 6 meses que terminam com gosto de fiz tudo que eu podia, aproveitei tudo que dava e com a sensação que essa fase terminou, mas que deixará frutos para toda uma vida.

Eu & Ela.

Agora ela entrará em uma escolinha, escolhida  a dedo ( e que dedo!), e eu irei enfrentar o mundo lá fora, como se fosse a primeira vez. Cheia de expectativas, emoções, esperança. Fazer o que eu realmente gosto., experimentar, rir, mudar, aprender. Aprender. Aprender.

Os ventos estão a favor de uma mudança recheada de prazer (oh yeah) e de amor. Um término de um TCC (feito com aquele amor, pelo tema que eu escolhi e que esta valendo a pena), um começo de um projeto super gratificante, um término de uma faculdade, um começo de outro e uma experiência prática em uma escola.
Contando em tempo, são 4 meses, saindo antes do sol e voltando bem depois que ele se põem.
Contando na parte financeira, é quase aumento 70/80% da nossa renda.
E que nada disso importa. O que importa é que eu quero, estou pronta. Estou na expectativa. Estou radiante de felicidade.

Junto com tudo isso, vem ela. Seus 2 anos.

Ah! que fase gostosa. Parou de gritar, de resmungar, de chorar a toa. Agora fala igual uma mocinha, argumenta, diz o que pensa (inclusive dá bronca e desliga a televisão).
Independente.
Amada, Amorosa.
Amiga.
Esperta.
Minha. Minha filha.

Como tenho orgulho Dela! =)


Obrigada filha, por ter me passado tanto aprendizado, me ensinado tanto. Me dito tantas coisas sobre mim.
Vamos só passar por essa fase com turbulência do bem, mas estaremos para todo o infinito juntas. Para toda a eternidade. E prometo fazer deste juntas, não só lado a lado, mas em todo o espírito possível.

Amo-te. Para sempre.

Segura na minha mão e vamos enfrentar os bons ventos!

=)