segunda-feira, 28 de abril de 2014

O desfralde

Ah sim, acho que estou devendo uma postagem a respeito faz um tempo.

O desfralde e como as coisas estão caminhando desde então:

O cocô:

Tudo começou com a recusa da Laura de fazer cocô, 4 dias depois (sim, quatro dias) retirei as fraldas dela e quase que milagrosamente, ela sentou - S-o-z-i-n-h-a- no pinico e fez cocô.

Sem ser ensinada, sem ser incentivada, sem eu ter sequer aprestado atenção.

Desde então, ela NUNCA mais errou nenhuma vez o cocô e TODAS as vezes os cocôs são feitos ou na privada ou no pinico.

Ps: em alguns lugares ela recusa-se terminantemente em fazer cocô.

O xixi:

O xixi foi caminhando junto, acerta 80% das vezes, 20% erra/esquece. No frio colocamos fralda, o que faz com que ela diminua as vezes que ela pede para ir fazer xixi no banheiro, mas ela pede em TODAS as vezes que ela faça xixi na fralda, para trocar a fralda (menos quando saí).

A noite:

Essa parte esta confusa, as vezes ela pede para colocar fralda - quando eu não coloco - as vezes ela vai no banheiro quando já esta de fralda, as vezes ela ignora o fato de não estar com fralda. Essa parte esta lenta, mas vamos no ritmo dela.

No fim:

Sem querer, estou fazendo o tal desfralde natural. Eu que pouco pesquisei a respeito e agora menos ainda, nem sei os "truques" para desfraldar uma criança. Neste quesito ela esta totalmente me guiando, e aonde ela puxar eu vou...

Afinal, é ela que esta desfraldando, não sou eu. Nesse quesito, digo com orgulho:
É Ela que manda! Quem sou eu para me meter?

Fazendo xixi no meio da sala enquanto brinca, ela mesma pega o pinico e leva aonde ela precisa.
Pode ou não pode? como eu disse: eu não sei de nada. 





sexta-feira, 4 de abril de 2014

Imitando minha mãe.

Ah que belezura!

Um dia após sair do trabalho - me deu saudades, mas ok - consigo passar mal de todas as formas possíveis novamente (de dor muscular em todo o corpo, a vômitos e diarreia, ARGH). Parece até que o meu corpo quer começar tudo do início.
Sem contar minha casa toda desarrumada, parecendo lixão - com enfase no fato dos lixeiros estarem em greve- sim! não dei conta de nada. Nada.

Meu gato pega um passarinho, minha filha dá mais um escândalo básico e eu aqui, ainda atarefada sem poder sentar e descansar - até porque se eu fizer isso, preciso fazer na frente do computador para por tudo em dia! como faço agora.

Ah! A correira! Seus dias não acabaram, mas me deram horas no meu dia sem tempo. Me deu o prazer de desfrutar o cheiro da minha filha mais vezes - porque quem é mãe sabe o quanto aquele cheirinho nos faz bem - e considerar a loucura da casa desarrumada, do lixo na rua e do gato depenado para depois, só para passar mais tempo brincando com a loirinha (gente! e esse apelido pegou nela! Não sei ainda o que acho dele...).

A loucura do dia a dia pegou todos de surpresa, mesmo já sabendo a teoria. Mas relembrando os dias que ri horrores e que tive algum tempo de vê-la animando nossas vidas e que agora poderei ter essa chance triplicada por dia.

E revendo as fotos do mês passado que tirei da Laura, vejo 3 fotos dela no último mês, contra 3 que eu tirava por dia com ela em casa. Entre elas, uma delas me imitando - que na hora ri horrores - mas que só agora percebo o quão real ela me viu: desnuda, perdida, louca, cega, com uma bolsa pendurada. Eu estava exatamente daquele jeito por dentro - e talvez por fora.
E quem diz que ninguém conhece nossos filhos tão bem como nós, posso acrescentar que ninguém conhece nós mesmos como nossos filhos.


As vezes nós mesmos não queremos enxergar...
AH! Filha, como Te amo...


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Crise de gastrite e o que tudo isso tem haver com ser feliz.

Há mais de 4 anos atrás - ou 5 - eu vivia tendo crise de dor de estomago. Não sei como os restos dos corpos se manifestam, mas o meu é bem claro, crise de gastrite é sinal de que eu já estou sendo contraditória com o que eu penso/quero e que eu não estou sabendo resolver.

Para chegar nesse ponto, quer dizer que já passou do ponto.

Faz 1 mês que entrei na escola, faz 1 mês que ganhei uma bolsa de pesquisa na USP, faz 1 mês que não passo o dia todo com minha filha, faz 1 mês que vivo em uma redoma de emoções, faz dias que começou minhas aulas e faz 2 dias que Laura já esta sem fralda em casa. Nesse mês, passamos por uma aniversário de 2 anos - sem ter feito uma postagem sequer a respeito- uma virose feia, um desemprego e por aí vai.

Ontem eu deixei Laura na escola as 06:30 exatamente, sozinha, na escola e ela só ia ser buscada as 18:30. Quase morri ao fazer isso e fiquei batutando a respeito o dia inteiro - durante as aulas, no transporte. Fora isso, o tempo de chegar da faculdade até o trabalho é exato de sair de uma sala e entrar em outra, sem tempo para comer. Ou seja, não almoço faz... ainda bem que 1 dia, porque ontem eu resolvi parar e almoçar.

Com essa "decisão" cheguei atrasada no trabalho - óbvio - e apesar de adorar tudo ali, vi que não tinha jeito, não tinha como, não tinha o porque continuar. A troca que eu fiz era demasiada para meu estomago e a partir daí comecei a passar mal, muito mal e sem poder parar para respirar, para não abaixar, para conseguir sentar e muito doída com a decisão, mas não tão doída quanto eu já estava, resolvi conversar para sair ou ficar um tempo bem mais curto na escola.

A partir daí, meu estomago melhorou quase como milagre - mas minhas costas, braços e pernas não - eu não dera conta, eu não quisera dar conta, eu precisava passar mais tempo com minha filha, passar as tardes com ela, eu precisava viver e o dinheiro? se eu te falar que eu gastei mais do que ganho só devido a "culpa materna" não iriam acreditar, Laura teve mais coisas e menos mãe do que teve em toda a sua vida e sinceramente? troco na lata presente por presença.

Não estou pronta ainda, tentaremos novamente mais adiante. E estou feliz com minha decisão e feliz em meu corpo manifestar tão bem minhas angústias, se não até quando iria?!

E é prova, as mesmas pessoas que me falavam "você não vai trabalhar não? são as mesmas que dizem " coitada dessa criança agora que vai voltar a trabalhar!", de qualquer forma, prefiro não pensar nelas.

E continuaremos a vida. Como gostávamos de continuar. Felizes.