sexta-feira, 7 de junho de 2013

Consulta com o Cacá.

Cheguei 16 horas na Casita. Cacá estava atendendo algumas mães de bebês menores. O espaço é uma casa mesmo, cheia de brinquedos, espaços para sentar, cozinha acolhedora e comida (hahaha).
Enquanto o Cacá pesava e media as crianças e tirava dúvidas particulares, eu conversava com as outras mães, brincava com a Laura e via que elas tinham um pensamento extremamente parecido com o meu - em termos de criação. Claro.

A minha primeira impressão foi ótima. O médico não usava jaleco, estava descalço, não tinha um ar de superioridade, e aparentava estar na sua meia idade.

A consulta:

Estavamos brincando com as crianças em uma sala maior. Ele chegou e "entrou" na brincadeira. Sentou no chão e perguntou "e aí?". A consulta era em grupo, eu fiquei com cara de paisagem, porque tinha travado. A outra, C. começou a falar e me veio tudo na cabeça que eu queria conversar.
Vomitei meus medos.
Falei da viagem - principalmente.
Amamentação.
Alimentos.
Vacinas.
Família.

E foi assim.
Acho que seria muito legal eu contar o que ele falou - hahahaha- para eu me lembrar depois.
Mas eu ainda estou absorvendo tudo (até me deu insônia hoje!) e não muito preparada para colocar no papel, então eu vou tentar. Mas...

Foi mais uma consulta para mim - como cuidadora da Laura - do para ela.

*Uma das coisas era de que Ela não ia sentir minha falta. E que né?" E para você isso é pior do que ela sentir falta". Para meu ego em questão. Ele falou da viagem como uma coisa "legal" "oportunidade diferente" " para estreitar os laços com o pai" . AH! Claro! Depois que eu contei isso para algumas pessoas, todo mundo sabia disso. Incrível que é só alguém falar algo que lá vem todo mundo sabendo, não para isso, para tudo.
*Falou um pouco que eu preocupo comigo. materno para mim, não  para Laura. Que em muitas situações eu quero me sentir bem, me sentir uma boa mãe, mas sem pensar se isso afeta a Laura. Uma das situações: é que levo a Laura para a escolinha e ela chora. Chora porque? horas, porque eu quero que ela chore. para me sentir bem e pensar "olha, ela sente minha falta". Na hora achei uma audácia, mas relembrando, na REAL, realzona mesmo? ele tem razão. Eu me sinto bem de saber que ela quer ficar comigo. Mas a situação é uma mentira, um reflexo que eu fiz ela sentir para me sentir bem. (sacou?). O que fazer? Conversar com ela, sem mentiras, e falar o que sinto.
* A opinião dele sobre vacinas, é ótima. Os pais decidem, ela será imunizada de qualquer forma. =)
*Falou que eu controlo a relação pai e filha. O que eu não concordava, até chegar em casa e impedir que o vini coloque a Laura para dormir, por um motivo banal, só para "controlar". E faço isso todo dia. (So...)
* Ressaltou que eu sigo um caminho novo e diferente conhecido pelos meus pais e pelos meus sogros - que são, na visão dele, os que deveriam ser a base de exemplo. Como eu não tenho um exemplo - porque não quis seguir - eu tenho ânsia de que tudo dê certo, como uma necessidade de provação de que eu SOU uma boa mãe e sigo o caminho certo. E um comportamento de birra - por exemplo - me assusta porque acho que é a criação. Mas qualquer criação, a criança vai fazer birra, faz parte da natureza dela. Ela esta na fase da birra - até os 3 anos. ( e disso falaremos mais tarde)
* Não quis aprofundar o assunto, porque não me conhece ainda. Mas acredita que eu tenho um apego demasiado pela Laura porque eu não quero que ela sente falta, de uma coisa que eu senti. 


Sobre a Laura:

Ele quis "testar" suas capacidades. Deixou ela brincando. Ria muito - como sempre gente, eu me derreto! - Apresentou um brinquedo, explicou como funcionava e PUM! ela já estava brincando "corretamente" - já entende o que se fala.
Conversava com ela, e ela respondia (em sons e gestos).
Reparou que ela parava para ouvir quando falavam dela. (curiosa)
Ressaltou que ela é inteligente. e que aprende as coisas fácil. <3

Mas. Aí...

Outra criança começou a brincar com o cavalinho. Ela ficou revoltada! Revoltada! Começou a chorar - eu observei- começou a berra e PUM! Prendeu a respiração. Só para tirar a menina do cavalinho.
Me senti um pouco envergonhada - hahahaha.
Mas aí o Cacá explicou que existe dois tipos de crianças, as que batem e mordem, e as que SE batem e que prende a respiração para chamar atenção (LAURA!). E que provavelmente, na escola, ela consegue o que quer com esse comportamento - aí lá vai eu hoje lá tentar conversar a respeito.
Mas isso é diferente de trocar uma fralda, colocar/tirar de cadeirão/banho/carro que são situações de estress para criança, que pode se conversado, distraído...entre outros. (são rompimentos.)
Mas em qualquer situação que há um perigo (mesmo que não de vida) que eu considere para ela fazer/brincar/mexer, deve ser conversado, olhado nos olhos ( me sinto envergonhada em dizer que nunca olhei nos olhos dela para conversar!) e impedido de ser feito. Se houver escândalo, ou ignora ou contenção. (aí vai de mim) e depois conversa.
Mas nunca deve se ressaltar a negatividade do comportamento, e sim a positividade. Sempre comemore quando não chorar para trocar fralda, quando dividir um brinquedo, quando ouvir o que eu estiver falando, quando não repetir um mal comportamento e assim por diante, sempre dando ENFASE na positividade. -- se não acontece o reverso, ela descobre que chama atenção fazendo exatamente o "errado".

O legal é que em nenhum momento ele afirma alguma coisa, ele dá exemplo de "paciente meu fez isso e deu certo... paciente meu fez aquilo e deu errado", pode funcionar...Cada pai tem um jeito, existe vários métodos de abordagem (E sempre dá mais de um, por exemplo.)

Foram quase 3 horas, então é bem difícil escrever tudo que aconteceu, mas uma das coisas bem interessante é o desmame noturno que estou fazendo do Jay Gordon (E vibrei quando não precisei explicar o que era! hahahaha) ele perguntou o dia que eu estava e se estava dando certo. E foi bem categórico em dizer que "incrível quando a mãe quer, dá certo, quando não quer, pode-se fazer certinho direitinho, a criança não "desmama". E o meu esta dando certo, que nas palavras dele é bem isso : Eu não aguentava mais acordar a noite e precisava me mexer para por um fim nisso e Tânan! sétima noite hoje, ela acordou mais vezes (principalmente porque eu levantava), mas sem tetê novamente! uhuuu! e apesar de eu falar que não quero, isso é um dos caminhos do desmame NATURAL total. E que eu devo vibrar quando isso acontecer. (será que vou?)

A única foto que tirei do meio d consulta. Péssima por sinal, Mas...
Dá para ver alguns elementos: Sling - que não é meu hahaha - pendurado na porta- meias (ambiente descontraído) e Laura brincando.





Peso: 9200
Altura: 76,5 cm


Os dois juntos. Ela ia abraça-lo várias vezes durante a consulta. Porque era Ela, em nenhum momento - a não ser na pesagem - ele precisou pega-la! 
=)