segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012

Este é meu olhar de 2012, vou evitar comentar dos parentes do lado do Vini, por que já ouve muitos mal entendidos e não quero expor eles ainda mais, mas quero deixar claro, que foram super participativos no início da vida da Laura. 


Parte I : Gravidez (até março de 2012)

A Gravidez foi muito tranquila, Curti muito essa fase e tenho muitas saudades do barrigão. O erro foi achar que eu ia parir logo - em fevereiro- mas Laura deu um jeito de ficar até meio de março. Foi um momento em que coloquei um objetivo e fui até fim nele, brigando com tudo e todos por isso e fiz muito bem, que foi a procura pelo tal parto natural. Eu até então, muito indecisa, me descobri super decisiva se tratando de Laura e sua criação. 
Ganhamos muita coisa , mas recebemos também aqueles conselhos "você não vai conseguir", que talvez nos deram força para seguir em frente; (já adianto de anti-mão, que dei um grande "Chupa" a todos estes comentários e estamos aqui ainda, conseguindo realizar exatamente tudo que propomos no início.)
Foi quase 3 meses intermináveis de reflexão, nas quais aproveitei muito a mel, a casa e o marido e nas quais aproveitei para ler muito, aprender mais ainda e definir prioridades.

chá de bebê da Laura (fevereiro)


Finalzinho da gravidez com a mel. (março)
 
                       Passeando no parque com o Vini para tirar foto do barrigão (março)

Parte II: Primeiros 3 meses:

 Quando Laura nasceu, pela via que escolhi e quase do jeito que planejava me senti verdadeiramente mulher, esposa e mãe. Pela primeira vez senti que estava no lugar certo, que eu me encaixava perfeitamente com aquilo. Era tão bom ter um recém nascido e poder pega-lo, nina-lo, beija-lo, troca-lo, dar banho quando bem entendesse. Me sentia nas nuvens e realizada, totalmente realizada. Enfrentei a quarentena com tanta alegria que eu e Vini vivíamos em lua de mel (e ela se perpetua ainda).e com tempo para namorar,(bebê que dormia a noite toda :) No primeiro mês da Laura já viajamos para o Rio de Janeiro, já saía na rua com o sling e já presenciamos o casamento do Tio Denis. Era eu e ela, ela e eu, uma só.
  A amamentação foi tranquila, sem dor e sem pitacos quanto a isso. Foi perfeita e assim a mantive até hoje.
  Mas foi o trimestre com a maior quantidade de pitacos que já recebi na vida e com a maior quantidade de videntes. Desde que Laura ia chupar o dedo se não chupasse chupeta (-antes o dedo, mas nem isso ela pegou-), olhares de reprovação e discordâncias eternas. Era o momento que eu mais quis ficar com o vini e a Laura só nós, sem ir para casa de ninguém (Eu chorava quando saía de casa "forçada" para fazer visitas e voltava com tanta tanta raiva por causa dos pitacos e brincadeiras, que chegava a socar a parede - hormônios).
   Foi com 2 meses que deixei laura pela primeira vez com a minha mãe para fazer prova (e deixei ela uma vez com a sogra também), me senti tão insegura em deixa-la e minha mãe respeitou tão bem esse momento (sem brincadeiras, sem descuidos) que até hoje só vou me sentir segura se eu deixar com ela (ou a creche, que já acostumei), além dela ficar com a Laura com um respeito tão grande a mim (sim, a mim) e um amor tão incondicional, que realmente se for para deixa-la sem eu me preocupar MESMO, só com ela.
   Foi com 2 meses também que começamos a ir para casa dos benzinhos. Laura gostou tanto deles, e eles tanto dela...fomos tão carinhosamente recebidos que temos gosto de ir sempre que abre uma oportunidade.
   Com quase 3 meses ela já tinha conhecido praticamente toda a minha família, e recebemos uma enxurrada de amor e de "bem vindos" me sinto tocada até hoje, e os conheci tão recentemente.
   Tristeza: Antes da Laura completar 1 mês (com 4 semanas), o maior medo que tive na vida se realizou, melzinha, minha filha de coração faleceu quase tão de repente que até hoje é difícil assimilar. Causou uma ferida grande no meu coração, que até hoje tenho mistos de sentimento em relação a isso. Não me dei ao luxo de dar um luto a ela e as vezes penso na precisão que ela escolheu a data de ir, o momento mais feliz da minha vida, na qual o fato dela ir embora, não significasse que eu ficaria triste. #deoutromundo.
  Mas mesmo assim, me abalo muito quando se menciona ela ou alguma situação que relembre a ela. Ela foi minha única companheira em muitos momentos, foi quem eu me apoiei e quem me empurrou para frente. Se ela não existisse, muito provavelmente nada disso estaria aqui hoje. Cuidei dela, como cuido da Laura, com muito amor. Sinto saudades demais e como ela transformou minha vida para melhor, penso seriamente em logo ter mais um desses bichinhos iluminados, viver sem eles é quase irreal.

Primeiro dia em casa

Com os benzinhos
 Com o hipopótamo rosa gigante
 No Rio, conhecendo a bisa
 Minhas caras metades.
 Dia das mães
 Primeiro vestidinho :)

com 3 meses, segunda fraldada no parque.
 Conhecendo os Tios.
 Vovô e vovó
 Primeiro ensaio fotográfico
 Primeira fraldada no parque (com 2 meses)
 Primeiro contato com a areia!
Dormindo sob a vigília e cuidados constantes da mel. Até hoje com certeza.
No casamento do Tio.
 Brincando com o Tio Denis.
 Minha primeira interação com um brinquedo.

 Parte III: segundo trimestre.
   
  O segundo trimestre foi uma etapa de muitas transições, tive que deixar ela na creche para iniciar as aulas (entrou com 5 meses) e deixei só leite materno. ficou algumas vezes doentinha, vomitou pela primeira vez, mas passou super rápido. 3 dias antes de completar 6 meses Laura sentou, com 6 meses exato iniciou sua primeira alimentação, rolou depois de sentar. Uma fase gostosa, cresceu e engordou demais, perdeu roupa, foi para Ubatuba, mostrou-se um bebê quieto, definindo sua personalidade tranquila. Começou a dormir no berço (com 4 meses) a noite toda.

mamando exclusivo com quase 6 meses.

 Com o Tio kuka
 Começando a sentar sozinha...

com 4 meses, de pézinha no frio.

 Agarrada com o papai para ir embora.

Primeiro alimento: bananinha.
 Primeiro sorvete de leite materno. (5 meses)

Terceiro trimestre: 6- 9 meses.

O terceiro trimestre acho que foi o mais divertido, ela já sabem quem são as pessoas, brinca com tudo, xereta tudo, conversa em "japonês", demonstrou aprender as coisas com uma facilidade incrível. Dorme menos e brinca muito muito mais. Acaba consolidando ainda mais a maternidade incrível que tanto acredito e vivo.
"lendo"
 conhecendo a família amorim.
 Vivendo em paz.
 última fraldada em novembro.
 Comendo Manga com o papai e sendo a alegria da nossa vida.
 Viajado de avião pela primeira vez.
 Montando um hipopótamo!
 Beijinho do pai.
 Ficando de pézinha para fazer arte.
 E jogando a comida para fora, mais do que comendo...

Pitacos não chegam mais (aleluia!), ainda continuo muito na defensiva para não perder o território,  mas estou bem menos encanada com alimentação (açucar ainda proibido!) e menos encanada em deixa-la se necessário, apesar de só em casos de aula e prova eu achar que vale mesmo a pena deixa-la. Sou mais adepta a falar "não" quando não estou afim de ir para algum lugar e em controversa, estou mais apta e tentar de novo e de novo e quantas vezes forem necessárias para se chegar a harmonia. Como igual um boi (dois bois) e nunca fui tão magra (benza amamentação!) mas não estou me sentindo muito bem com o peso. Conquistamos muitas coisas este ano (e como!), mas ainda terminamos com saldo negativo no banco todo mês. (mas conseguimos fazer uma poupança!)

Resultado:

Este ano (de 2012) foi uma mistura de sensações: A realização de um medo antigo; que foi o falecimento da minha companheira para todas as horas. A realização de um sonho antigo: o nascimento da minha filha que me proporcionou um renascimento próprio, das minhas concepções de vida e amor.  A descoberta da verdade sobre um marido que tem tudo para ser a metade da laranja que sempre desacreditei em existir ou em achar  (e achei!). A radiação de amor que chegam de pessoas de todos os cantos, que jamais imaginei presenciar e por outro lado a noção de como as pessoas se importam mais com a vida alheia do que com as delas próprias . Foi de longe o melhor ano da minha vida e nem quero que ele se repita, porque gosto de experimentar diferentes ares e anos. 2012 vai ficar para sempre guardado na memória e na carteira de identidade da Laura (hehehe). 
Realizei cada aspecto que quis dessa maternidade  e não feri nenhum conceito meu. (o que se tratando de mim é um avanço!), fui feliz em todas as minhas escolhas e me sinto plenamente realizada, mas com a sensação de que ainda falta alguma coisa...
Bora entrar em 2013 e descobrir o que esta faltando! I´m ready and you?