Puppy era a cachorrinha dos padrinhos da Lalá.
Era a irmã da minha cachorrinha que faleceu faz 3 anos.
Ela faleceu na semana passada e desde o dia que tivemos a notícia venho conversando com a Laura sobre isso.
É a primeira vez que ela tem a consciência de uma morte.
E hoje, depois de muitas conversas, ela acordou como se finalmente tivesse processado toda a história:
- Mamãe, a puppy não esta na casa dos tios benzinhos?
- não filha, não esta.
- Ela então virou uma estrelinha no céu?
- isso filha, virou.
- poxa! Eu quero ver a puppy!
Seguimos mais alguns momentos em silêncio e ela questiona:
- Eu vou virar uma estrelinha também?
Tento agir com naturalidade, aliás, é um assunto das ordens naturais, não é mesmo?
- vai sim filha, um dia. Um dia todo mundo vai virar uma estrelinha.
- Até a vovó Eliza?
Então prosseguimos, falando de todos que um dia virará estrelinha no céu.
Eu queria ter sido mais racional, sem inventar muitas crenças. Mas ela enfim, conseguiu compreender que não vai ver mais a puppy - até o momento que ela for na casa dos benzinhos provavelmente - e que isso é natural e que tudo bem ficar triste, tudo bem sentir saudades.
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Puppy, obrigada por ter nos dado mais esse - primeiro - aprendizado na nossa vida.
Que você seja uma estrelinha muito brilhante no céu e que vá pegar muitos passarinhos (de brincadeirinha!), obrigada por ter ficado mais alguns anos para matar a saudades que tínhamos da sua irmã - também muito amada e ter cuidado tão bem dos nossos queridos Benzinhos.
Missão muito bem cumprida nessa vida Puppy; agora, descanse.
Com amor, de nós <3.