segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O pai que queremos ser...

Tem coisas que o mundo vê, a gente vê, mas não se explica.

Eu tive a sorte - e tenho - de ter um pai maravilhoso; que brincava, que saía muito de casa e que trago recordações de muito jogo de bola na rua, de balanço, de sair no meio da semana para um passeio no shopping, que  me levava em cabeleireiro e que nos divertíamos juntos. Lembro de ouvir discussões importantes sobre o meu futuro: que escola eu ia estudar, o que eu ia fazer perante tal assunto e o dia que saí de casa, a importância da união entre nós irmãos ( que quase década depois, não foi tão ouvida assim).

Mas era bem separado a tarefa de cada um dos pais: a mãe cozinha, o pai brinca. O pai leva para tomar vacina, a mãe cuida da nossa educação. Mas não era tão patriarcal. Meus pais tinham diálogos na medida da época, filhos e filha não tinham educação diferenciada. Eu nunca fui criada para arrumar a casa por exemplo e tinhamos decisões totalmente autônomas (nós podíamos decidir, na medida do possível,).

Hoje me vejo no papel de uma mãe que tem o mesmo papel do pai e vice versa.

Não sou eu que arrumo a casa, não sou eu que levo a Laura para brincar, não sou eu que bajulo a barriga do bb2, não sou eu que faço comida, não sou eu que levo no parque, nos show, não sou eu. Somos nós.

Nós dois temos o mesmo papel.

Nós arrumamos a casa, nós levamos a Laura para brincar, nós brincamos :P, nós bajulamos barriga, nós fazemos comida, nós, nós, nós.

Nem sempre os dois juntos, nem sempre os dois separados, mas sempre nós com o mesmo papel.

Por causa dos fatores limitante tempo câmera e interesse pessoal, temos mais fotos minhas brincando com a Laura de dia da semana no blog LávemLala porém só mostrando a Laura e mais fotos do pai e da Laura brincando no fim de semana.

Somos ambos crianças, bagunceiros, da arte e da preguiça. Passo mais roupas e ele faz mais comida (interesse pessoal), tiro mais e posto mais fotos e ele é do "viver para nós".

O pai tinha o papel mais divertido antigamente e esse é o pai que queremos ser. Ninguém tem vontade de ser a mãe cozinhadora, arrumadora. Queremos ambos ser protagonistas na vida dos nossos filhos queremos ambos ser os pais. Queremos ser ambos pai e mãe, aí também sem distinção de gênero e identidade.

Porque mexemos com tinta,
 Brincamos no chão,
 Fazemos pose família,
 Brincamos com os brinquedos,
 pintamos nossos rostos,

ajudamos na jardinagem,

Participamos dos momentos não tão bons,


E dos momentos melhores do mundo,


Para ambos não perderem nenhum momento dos nossos filhos; nem os melhores, nem os "não tão bons" assim.

Esse é o pãem que queremos ser.