quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Cama descompartilhada

Acabo de escrever uma postagem sobre o desmame e nada mais do que nada menos, outra independência tem tomado conta da casa e eu mal percebi que estava prestes a acontecer.

Antes, volto há 3/4 meses atrás, quando eu tinha um bebê que acordava mais de 5x por noite, durante praticamente toda a sua vida e passava mais da metade da noite na nossa cama. Dia a dia, sem descanso, essa foi a rotina de uma família que tinha - na medida do possível - a maior paciência de que o tempo iria passar e que sozinha ela iria ir para a cama, apesar dos relatos de 4/ 5 anos para isso acontecer, sabemos que são poucos anos perante toda a nossa existência e que passariam rápido. 

Tão pouco a cama compartilhada atrapalhou quesitos básicos como sexo, sono ou relacionamento. Aliás, muitas das vezes foi um facilitador para a criatividade, para levantar menos vezes e para estreitar relacionamentos. Se acostumar com a cama compartilhada nem sempre é fácil, mas é algo que vai sendo constrúido dia-a-dia e que traz novos ângulos para a importância demasiada que damos a alguns quesitos da vida não tão importantes assim - e que na falta nos faz sentir saudades do cheirinho do bebê e do aconchego com a cria na madrugada.

Mas o tempo passa - e antes que podemos concluir a cria dorme facilmente na própria cama e só acorda de manhã e orgulhosa por sua conquista pessoal. Ela sabe que se chamar - em qualquer situação - os pais estarão lá em segundos. Ela tem segurança de arriscar uma independência - ao contrário da mãe que ainda levanta algumas vezes para verificar se a filha respira (ainda?! ainda!).

Orgulho - mais uma vez - é pouco pelo que sinto. Estou feliz que as coisas andam caminhando muito antes do que eu esperava.

Ela não só esta se transformando em uma criança (linda e independente), mas em uma irmã mais velha, se construindo e se preparando (sozinha!) para a chegada do irmão(ã).

Meu único dedo nessa história toda foi esperar o seu próprio tempo. Se a vinda do irmão(ã) foi um incentivo para ela, eu não saberia dizer (e tão pouco alguém saberia), mas que as atitudes todas partiram dela, isso com certeza.

E a mesma história que esta acontecendo com o desmame - voltar atrás é sim uma possibilidade (quando ela quiser, tiver doente ou com a vinda do irmão(a)), aqui não se nega colo, carinho e atenção. Segurança e independência (ao meu ver) não se forçam e tão pouco se ensina, se conquista.