Estou vivendo uma das fases mais horrorosas da minha curta vida de mãe.
Tudo parece ser mais importante que meus filhos, tudo é urgente... menos elas.
Uma chora, a outra grita. Tudo irrita.
Digo aos quatro ventos. Não aguento mais. Não aguento mais. Preciso de uma folga. 1 hora ou 2.
dois dias ou três. Mas a resposta eu já sei, não os terei. Não as terei.
Os poucos minutos que consigo olhar, já cresceram demais.
Pouco aproveitei e de novo já desinteressei.
Não aguento mais as brincadeiras, nem a bagunça eterna, nem o falatório ilusório de um conto de fadas que não faz sentido.
Tão pouco as palavras pum e cocô me fazem graça.
Que puta mãe sem graça que virei.
Adentro a madrugada para vê-las dormir. insônia. O celular não parece tão interessante agora né?
A louça acumulada não parece mais tão importante. O trabalho, a cobrança, o falatório real que agora sim é totalmente ilusório. Desperdiço de vida sem elas.
Quantas vezes eu as vi hoje? E quantas vezes realmente as olhei?
Que Merda Aline. Que merda.
Que a madrugada me traga a real condição de ser mãe.
E que ser mãe não seja ensina-la a bater palminha para se sentir satisfeita. Nem fazer comida para sentir que alimenta.
Esta faltando Amor aí Aline. E como tantas vezes você falou... Criança precisa de Amor e só.
Respire. Inspire. Tudo passa...
E isso você não vai querer que passe assim.