É engraçado, porque eu sonho com esse dia - de sonhar mesmo - desde quando eu estava grávida da Laura, eu subindo para pegar o canudo com ela no sling (achei que seria ela ainda pequena a ser carregada).
O Negócio é que carreguei um bebê no sling, a Heloísa, exatamente do jeito que sonhará... mas trouxe pendurada a Laura (que afinal de contas ficou revoltadas umas dúzias de vezes por não falar no microfone, não ter sido chamada e "quem estudou" foi ela! Ela que deveria ter o canudo!). Por fim, o Vinícius estava algumas 27 horas de jejum (caiu bem no Yom Kipur!) e o humor não era daqueles melhores.
Não foi um sonho, foi uma realidade, foi complicado ir - trem lotado, crianças no colo, ninguém levantando para dar lugar - foi complicado voltar. Fome, cansaço, cabeça á mil. Foi meio difícil ficar - choros, agitação, não curti algumas falas ( "como alguém pode ter filhos com tão pouca idade e no meio da faculdade?"), mas vi pessoas lindas, de boas, professores que eu adoro! Colegas que compartilhei minha vida. Foi bom.
Saí pensando, refletindo. A vida me deu caminhos impossíveis de se imaginar á 5 anos atrás. Mas concluí. Concluí. E se era o diplominha que importava. Pronto. Já o tenho.
Queria estar feliz como no sonho. Afinal foi difícil né? Foi. Mas agora que acabou, nem pareceu tanto assim. Quem não faria exatamente o mesmo no meu lugar?
Enfim, exaustão me define - Enquanto escrevo isso Laura espalha peças de lego pela sala, então sim, é exaustão a palavra que me define - E para ilustrar esse Grandioso mas nem tanto dia, as fotos:
Aguardando o diploma.
Enfim consegui!
Fazendo o juramento.
Cantando o hino nacional.