Laura fez 2 anos, pegou uma virose, comecei a trabalhar e ela entrou na crise da separação.
Tudo junto, tudo misturado, deu início a turbulências de emoções aqui em casa.
Choro, revolta, tristeza, cansaço tudo junto... Ah! não, não! não estou falando da Laura agora, estou falando de mim!
O que? da mãe?
Sim! e eu que saí da caverna e descobri realmente a crise da separação - antes de saber o nome da dita cuja - me deu uma angústia, uma sensação de nada, uma sensação de falha, culpa e incompetência.
Vontade de desabafar ao mundo e ao mesmo tempo vergonha por ter criado um mini monstro, que devora suas coisas, suas vontades, te controla e berra! berra muito!
Mas que chega o protetor, O salvador - O pai - e que "só" conversa com ela e pum! o mini monstro se torna uma criança dócil e risonha novamente.
Fácil. Fácil. Só conversar - mas você lembra que antes de você se trancar no banheiro, que antes de você ter prometido pocoyo eternamente, antes até do abraço recusado, você tentou conversar, você tentou amansar a voz, você fez de Tudo.
Aí, depois do berreiro no shopping - logo após o marido sair para levar o gato no veterinário - dos trilhares olhares de reprovação e de comentários do tipo "ela é muito novinha", como se a culpa toda fosse minha incapacidade, minha idade (aparente), eu resolvo desistir.
Eu desisto, e desabafo com algumas mães sobre a bizarrice do comportamento da Laura, comigo, bizarramente comigo e descubro este nome: crise da separação.
Já me acalmo, todas passaram por isso, todas tem seus filhos loucamente contra as próprias mães, todas elas choraram, a maioria já teve essa fase passada e já tem seus filhos novamente "normais".
Então, convencida de que não sou a única, já que a pouco tempo eu jurava que sabia o que era estes 2 anos, eu jurava que sabia o que era o terrible two, eu sabia? Sabia nada. Era 10 milhões de vezes pior do que qualquer imaginação que eu pudesse ter. Oh gód!
Então, que raios é essa crise?! bom, resumidamente: finalmente seu filho vai se tornar um ser independente da mãe, para isso ele escolhe um agente separador - o pai, ou um cuidador - e ele vai querer realmente SE SEPARAR da mãe, em tudo. Tudo! Tudo! Então ele não vai obedece-la (porque não faz mais parte dela), não vai querer trocar fralda/tomar banho/comer com ela, porque já é "grandinho", tarefas simples como colocar a roupa para uma mãe é algo quase de outro mundo (mas basta outra pessoa chegar e fica fácil fácil). É desesperador?! É sim. As vezes um abraço é algo difícil de acontecer... os 2 anos também é marcado pelo desmame exatamente devido esta "crise".
Mas calma! (viu Aline? Calma!) Vai passar, é uma fase NORMAL de uma criança SAUDÁVEL (por incrível que pareça!) e não, você não fez nada de errado. (eu não fiz nada de errado). E sim, tem crianças diferentes e diferentes e que passam por essa fase de diferentes formas (ou não, rs) e quando encontrar uma pessoa que diz com orgulho que : "meu filho NUNCA fez isso", respire fundo e sorria e sorria ainda mais quando ouvir o famoso "meu filho NUNCA vai fazer escândalo" daquele casal sem filhos - aí meu olho de tanto cuspe para cima!
Essa fase demora, essa fase é cheia de emoções, é uma fase difícil, uma fase de contar até 10, 100 e 1000. Mas vai passar e vai passar com um serzinho todo independente e feliz. Vai valer a pena. Por eles tudo vale.
(eu sei Aline que ainda não se convenceu disso, mas espera mais um pouco e verá).
E descarrega na bateria que faz bem!
Indicação de leitura sobre esta fase:
Melhor texto materno sobre: terrible two corram para as colinas!
Instrutivos:
http://bebe.abril.com.br/materia/a-terrivel-crise-dos-2-anos
http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/01/15/saiba-lidar-com-a-terrivel-crise-dos-2-anos-do-seu-filho/
http://www.justrealmoms.com.br/as-10-coisas-que-toda-mae-precisa-saber-sobre-os-terrible-twos/