E chegou o Natal.
E esse ano foi ótimo, porque sou do meio da festa sem necessitar um motivo.
Foi melhor ainda porque a Laura passou quase imune ao mito do papai noel e mesmo assim, sempre reforçando que se tratava de um boneco inanimado e sem sentidos - emocionais.
Ainda sou meio contra a troca exacerbada de presentes, mas esse ano adquiri uma lição valiosa:
Apesar do consumo desenfreado dessa época do ano, é fato de que todos ficam mais receptivos e amorosos uns com os outros. É tempo de reflexão também e ela vem se fazendo inclusive em mim.
Quanto aos presentes, acho lindo dar quando o motivo real de se dar não é o natal e sim o sentimento.
Explica um pouco o que fiz neste natal e que contraria tudo o que eu penso a respeito - chegaremos lá.
Passamos o Natal na casa do Tio Ademir - irmão de minha sogra.
A família praticamente toda presente Eu gostei, e foi de longe um dos melhores natais que me recordo. Inclusive porque eu percebi o quanto eu superei as diferenças - de qualquer espécie - e o quanto eu realmente queria estar lá. Eu queria estar lá.
Eu realmente amo aquela família.
A janta - como em qualquer natal - estava excepcional e fizemos no fim, um amigo secreto.
O tempo passou e das pessoas que eu mais queria que me tirasse, realmente me tirou, rs.
Tia Bete. Uma das pessoas que mais tenho admiração e que ajudou a construir o meu lar - e meu casamento, rs. Ganhei o que pedi, só que em dobro, hehehe: Um caneca para tomar sopa (Finalmente tenho uma!!).
Eu tirei o Vi - sim! Meu marido!. E juro que foi muito tenso o momento em que descobri que era ele.
Entenda: É uma das pessoas que mais amo, não só por ser meu marido, mas principalmente por conseguir conciliar suas diversas funções na minha vida, sem qualquer problema.
Ele dá um duro grande para manter tudo em ordem e a cada gesto seu, ele só quer me agradar.
Trabalhamos em equipe em tudo, mas nisso eu teria que trabalhar sozinha e foi totalmente inesperado, para mim, a atitude que tomei.
Fazia alguns dias que ele havia pedido um X box, e na verdade nunca cogitei ter um. Muito menos deixei ele comprar. Mas aí eu tirei o papelzinho com o nome dele e só me veio um presente que poderia agrada-lo:
Um X- box.
Mas resolvi comprar bombom. (aff, né?)
Aí pensei o quanto eu gostaria de ganhar algo que eu quisesse e o bombom foi por água abaixo.
Nós estamos em condições boas financeiramente (uhuuu, finalmente!), então, um agrado BOM para quem sempre me agrada, não é nada. Quer dizer, é sim $$.
Joguei o foda-se para a Lua e comprei o que ele queria. Problema I: esconder o presente.
Até aí, o Problema I era um problemão, até que o celular dele quebrou e ele comprou um I-Phone...
Eu disse que estávamos em boas condições financeiras? ah! agora esquece... (hahahaha)
Passei uns dois dias sem dormir preocupada, e justificando minha cara para ele o quanto eu estava enciumada com o celular dele. (aham..)
Um dia antes o X box chegou, com 12 jogos.
Eu os peguei e embrulhei 3 jogos, o resto escondi embaixo do berço.
Neste mesmo dia, ele passou um tempão no quarto da Laura e me infernizando para saber o que era.
No dia seguinte deixei escapar que era um X Box, e depois consertei dizendo que era 3 joguinhos ( que ele supôs que fosse de computador) e ele acreditou.
Aí ele abriu o presente, achando que já sabia o que era.
Demorou uns minutinhos para se tocar...
E ficou super feliz, mais alguns minutinhos... e ele ficou preocupado. hahahahahaha
Valeu a pena? Orra! e foi bom, porque foi totalmente contra o que EU faria normalmente.
Entrando em 2014 com uma nova vibração. Porque não?
No dia seguinte, fomos a casa dos pais do meu sogro. Estávamos bem cansados, mas foi bom também. Tirei outras lições diferentes, principalmente na similaridade e na empatia na qual eu fiquei com algumas situações corriqueiras. Como disse, estou em tempo de reflexão.
Inclusive, me dando razão em muitos aspectos.
Percebi que fui brava quando tinha que ser (2012, com um bebê a tira colo, com o mundo dizendo o que fazer) , revoltada quando tinha que ser (2013, terminando de mijar no meu território e na minha cria (figurativamente claro).
Bati o pé em muitas situações e hoje sou feliz com o que fiz e criei - inclusive comparando, porque somos humanos e comparamos.
Mas estou entrando na fase da paz e tranquilidade. Aceitação do diferente, apoiar e ouvir o que as pessoas tem a dizer (diferente de concordar).
Por hora, é isso que desejo para mim em 2014.
Se em 2013 entrei com o lema dos pinguins de madagascar:, sorrie e acene.
Este ano entro com o lema do carinho: apoio e abraço.
Compaixão pelo próximo.
E mais paciência com as pessoas ao meu lado.
Muito mais eu de hoje.
E é exatamente do que a Laura precisa de mim nessa fase que ela vive....