E quando você vê o problema não é tão problema assim e "tiramos" de letra? Que as incontáveis preocupações foram simplesmente "a toa"?
Um dia anterior de usar o tampão, fomos até a farmácia comprar o dito cujo - e na hora que ela olhou a embalagem ela já falou: "olha, para colocar no ôôlhooo" apontando para o olho. Falei que era sim, que começaríamos amanhã e que ela ficaria uma piratinha de tampão no olho. Ela queria colocar naquele momento mesmo - mas decidi esperar.
No dia seguinte, logo após o café da manhã na rua, iniciamos o tampão, expliquei para ela o porque dela usar e que ela teria que usar 1 hora todos os dias, que eu sei que ela seria forte e corajosa. Ela colocou - eu também - e o vini também. E conseguimos sem reclamações passar 30 minutos com o primeiro tampão e mais a noite quase 1 hora. (1 hora e meia no total!)
No dia seguinte ela acordou e jogou "pula pirata", ela mesmo quis colocar o tampão e passou 20 minutos com ele. Antes de sair - devido as distrações e tal - colocamos mais uma vez - e aí perdemos as contas - mas passou BEM mais de 1 hora com o tampão, correndo no shopping (fomos pagar uma conta), com sorrisão no rosto, mostrando que não estava nem um pouco preocupada com aquela oclusão.
As vezes o medo é apenas isso - Medo - e um serzinho desse tamanho pode simplesmente dar um banho de maturidade quase surreal a qualquer um que queira assistir. Os obstáculos são só gigantes para quem olha - e teme - mas são pequeninhos quem enfrenta como se fosse uma brincadeira.
Que essa criança me causa espanto - e orgulho! - me causa... Muito a aprender com ela.
Ainda iremos um passo de cada vez, mas que os primeiros passos foram fáceis o suficientes para só gostarmos de ir até o final.
E a noite, sentados em uma mesa, depois da criança ter ido dormir, os pais "bufam":
- Ela já esta muito mocinha...
E esta mesmo...