terça-feira, 24 de maio de 2016

Seus privilégios como caçula...

De fato á muito o que se analisar sobre irmãos. Aqui dou um panorama geral - e real - do que encontra-se em casa.

Laura de fato foi uma criança planejada e super bem vinda em casa, em toda a plenitude de contos de fadas. Heloísa, em outra situação veio em um momento conturbado e de interesses diversos, mas tomou conta da casa.

Se existir um opressor - inconsciente é claro - esse opressor é o caçula. Que chega e toma conta dos pais, da casa e dos brinquedos com a desculpa perfeita de não ter entendimento do seu redor - mesmo que tenha.

Ontem foi só mais um dia que deixei de atender o pedido de colo da Laura, por já ter no meu colo a Heloísa, que desconfio que ali só estava por ser aquele o objeto de desejo da irmã.

Também é nos brinquedos que Laura perde - "empresta para ela só um pouco", "putz, que pena que amassou o seu desenho", "ah, ela puxou o seu cabelo porque não sabe ainda que não pode", enquanto isso a mais velha é punida severamente pelos mais banais erros - ou barulhos. "Não cante agora, estou colocando sua irmã para dormir", "coma com a boca fechada", "Não encoste agora que finalmente sua irmã saiu do colo e vou poder fazer a janta". Se muitas vezes  é deixada suas vontades para depois, muitas vezes esse depois nem chega a chegar.

Sem contar as inúmeras responsabilidades que foram acarretadas em cima da sua pequena idade, guardar seus brinquedos e da irmã "por favor filha, mamãe já fez muita coisa hoje", jogar a fralda no lixo/cesta "só tem xixi filha, pode levar", tirar sua própria e aguentar necessidades básicas em pró do ser que ainda não fala, "já pego sua água, deixa eu só trocar sua irmã que não para de chorar".

Cabe nós os pais a tentar mediar estas transições de forma que não pese e não oprima o mais velho. Mas como? Sendo muitas de nós as únicas cuidadoras ao longo de todo o dia.

Aqui não consigo - ainda - sair do lugar comum de fala e de cobrança, se bem que já consciente tento deixar algumas coisas sem fazer mesmo (deixo fralda suja no meio da sala até que EU possa recolher, deixo os brinquedos jogados de vez em quando até que EU possa recolher, deixo a janta para depois em pró de um colo para a mais velha - se bem que essa alternativa é bem problemática quando se junta sono + fome = combinação explosiva) e tiro todos os dias alguns minutos (aqui entre escola da mais nova e da mais velha) para conversar com Laura, o que surte um efeito desejável como uns sussurros de "eu te amo" no ouvido em horários inusitados.
Também de fato - e não digo que seja correto, mas que aqui ocorre- compro muito mais coisas para Laura - talvez por ter entendimento de fato - do que para a Heloísa.

Ontem comprei uma luva no centro, por 4,00 dilmas. Ao abrir o pacote ela gritava de euforia e de emoção, não tirou a luva até agora e volta e meia vem me agradecer pelo "presente mais bonito de todos" que a "mamãe cheia de corações" deu a ela.

De fato a igualdade entre as meninas ainda não esta consumada. A Laura certamente ainda esta em opressão, menos, mas ainda... Agora Heloísa crescendo e o entendimento ao redor aumentando vai ficando mais fácil essa "jogada" de ministrar atenções e alforrias.
Ter dois filhos não é fácil, mas é gratificante.

Enquanto isso, as duas se complementam e se amam (como todos os irmãos?) e por mais que esses anos de irmã mais velha não tenham sido fáceis, foi certamente de grande aprendizagem.





segunda-feira, 9 de maio de 2016

Coloquei o Diu. Sério?

Pois é, depois de 15 meses com algumas dificuldades psicológicas - e nenhuma hormonal - resolvemos colocar o Diu.

Eu sei que depois que falo isso, vem dois tipos de comentários:

"Ah!! Mas você tinha tudo para ser mãe de meia dúzia"

e o outro:

"Ah! Ufa! Fico aliviada que você não vai ser mãe de meia dúzia".

O Diu foi a solução encontrada aqui, porque não nos adaptamos com nenhum outro tipo de anticoncepcional (mas gente! Tem essa de não se adaptar? pois é galera, tem... A história de só é mãe quem quer é a maior falácia e se surgir interesse eu falo um pouco sobre isso em outra postagem) e enfim, resolvemos testar o Diu - e a princípio não sabemos se vai dar certo (parem um minuto e dêem uma rezada por mim!), isso porque depois que colocado, existe uma chance em torno de 7% em rejeitar o Diu, aí meus caros, se acontecer, F-U-D-E-U.

Eu e o Vinícius não temos essa vontade toda de não ser pais novamente. A princípio um terceiro estaria nos planos, mas falta dinheiro, dinheiro, dinheiro,  tempo, disposição, espaço, paciência (E mais alguns duzentos motivos) e como sabem, não suportaria uma terceira gestação nessas condições. Mais do que isso - eu - penso ainda em adoção, o Vini em outro filho biológico. Mas tudo mais para frente, quando estaremos estabilizados financeiramente e ricos e disponíveis, daqui uns 70 anos. hahaha

Coloquei o Diu, porque estava muito insegura. até com medo de lavar cueca - digamos assim - e isso estava me afetando em vários outros campos da minha vida, inclusive de aproveitar as minhas filhas - logo que eu já estava "sabendo" que eu teria mais meia dúzia de filhos e ainda teria mais uns 10 anos sem dormir na minha vida S-E-N-H-O-R.

Enfim, coloquei o Diu de cobre com minha Ginecologista, doeu para colocar (sim!) como se fosse uma contração do parto. Fiquei tonta depois, náuseas e fui para casa. fazia mais de ano, devido a amamentação, magreza e zás, que eu não menstruava, depois da colocação do diu sangrei (será que era menstruação? não sei) e por 5 dias tive sangramento e algumas cólicas pontuais. Tomei um antiflamatório depois deste período e acabou e agora sim estou animada para iniciar a vida (se é que me entendem, uhuuuu) . O Diu é válido por 10 anos (algumas pesquisas ainda dizem mais tempo!) e se você quiser engravidar, basta tirar em um dia e tentar o bebê no outro. Simples assim.

Se quiserem saber mais sobre Diu de Cobre, colocação e etc, olhem pelo google que tem bastante informação.

E é isso. =)